O câncer de pele é o tipo de câncer mais comum na população brasileira. O Instituto Nacional do Câncer (Inca) prevê mais de 200 mil casos neste ano. A expectativa também prevê que a doença faça ao menos duas mil vítimas fatais. Um dos maiores causadores da doença é a ausência de protetor solar. No ano de 2015, mais da metade da população não fazia o uso do produto.
Os responsáveis pelo câncer de pele são os raios UVA e UVB. Os tipos de câncer de pele podem ser divididos em não–melanoma e melanoma. Entre os menos agressivos estão o carcinoma basocelular (CBC), que revelam 80% dos casos no país. Já o carcinoma espinocelular ou epidermoide (CEC) é mais agressivo e tem crescimento mais rápido que o carcinoma basocelular, registrando apenas 20% de incidências. O tipo mais perigoso é o melanoma cutâneo, onde invade qualquer órgão e pode se espalhar pelo corpo, originando diversos tumores de pele.
A dermatologista Joana Costa, da Clínica Dermatológica Joana Costa, chama atenção para a falta de informação da população. “Hoje, a maioria das pessoas ainda ignora a importância do uso do filtro solar, e acha que estará protegido em locais fechados como escritórios iluminados e carros. Até as lâmpadas oferecem risco”, explica a especialista.
Segundo ela, os melhores mecanismos de defesa contra o câncer de pele são simples e devem ser seguidos todos os dias. “Precisamos usar o protetor solar corretamente e evitar exposição nos horários de sol forte. Em qualquer estação do ano, até mesmo no outono e inverno, quando a maioria acha que não é necessário”, ressalta Joana.
Os tratamentos para todos os tipos não melanoma de câncer de pele devem ser iniciados logo após seu diagnóstico. De acordo com a especialista, cada caso necessita de um tipo de exame e cirurgia, conforme o tipo da doença. “Os tratamentos nem sempre são invasivos e reduzem o avanço da doença. O com maior índice de cura é a cirurgia excisional, que remove do tumor com um bisturi. Os tecidos são examinados com microscópio para constatar a remoção das células cancerígenas”.
Para tumores menores, procedimentos como a curetagem são indicados, pois promovem a raspagem da lesão com uma cureta, enquanto um bisturi eletrônico destrói as células cancerígenas. Há também a alternativa por meio do congelamento com nitrogênio líquido. Joana Costa explica que a técnica tem taxa de cura menor, mas pode ser uma alternativa para casos de tumores pequenos ou recorrentes. “Essa cirurgia também não tem cortes ou sangramentos, o que a faz recomendável para tumores mais invasivos”, ressalta.
Para proteger o corpo também vale ficar atento ao surgimento de manchas diferentes, com bordas assimétricas, tamanho, cor e espessura duvidosa. O mais adequado é necessário visitar periodicamente seu dermatologista, para realizar exames de rotina.
Fonte: Divulgação