Restaurantes lotados, principalmente com famílias reunidas aos finais de semana. Deveria ser um momento de conversas e diversão. Mas o que se vê é uma família e seus celulares, ”almoçando”. Não há conversas, nem risos, nem olhares, nem mesmo brigas. Tudo gira em torno do aparelhinho mágico que ultimamente parece fazer parte da família. E também do cardápio dos restaurantes. Algumas pessoas, por mais incrível que possa parecer, mandam mensagens entre si embora estejam a poucos centímetros de distância, sentados muitas vezes lado a lado.

Assim temos visto chegar aos consultórios de psicologia muitas famílias que não mais conseguem dar limites nem entender seus filhos. Chegam assustados, perguntam-se o que está acontecendo e pedem ajuda. Quando começamos a conversar verificamos que não existem mais estes espaços de almoço, jantares, café da manhã juntos e com bate-papos diversos. Lembro-me de minha mãe falando “almoço é sagrado”, é onde nos encontramos e podemos estar em família. E como eram bons. Se o almoço não dá certo por compromissos de trabalho, aulas etc que tal aquele jantar especial? Ou sábados ou domingos reservados para a família?

Achei genial a ideia de alguns grupos que já começa a se fortalecer de que quando chegam aos restaurantes, combinam de deixar seus celulares todos juntos e o primeiro que o pegar paga a conta. Já presenciei vários encontros destes e achei que tudo melhorou. Todos estavam atentos à conversa, olhos nos olhos, risos mais soltos, os olhos descansados e mais brilhantes.

Vamos todos fazer um esforço para tirarmos os celulares do menu de nossos encontros? Aproveitar nossos amigos e nossas famílias e colocarmos o papo em dia? Nada se compara a estar perto de quem gostamos livres de horários e fanatismos. Afinal, até pouco tempo vivíamos sem eles.

Instituto Beatriz Schwab de Psicologia e Nutrição
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