Canjica, arroz doce, rosquinhas de São João, curau, são guloseimas típicas de festas juninas. Que são deliciosas, ninguém duvida, mas o que muita gente não sabe é que estes alimentos contribuem para o desenvolvimento de acne. Pesquisas mostram que os carboidratos, o leite e derivados desempenham papel inflamatório que agravam ainda mais a severidade da doença.

“O açúcar e os carboidratos vazios, feitos com farinha branca, arroz branco, batata e derivados da cana de açúcar, são grandes inimigos, pois liberam insulina no sangue, que podem causar inflamações e, consequentemente, a acne”, diz a dermatologista Joana Costa, da Clínica Dermatológica Joana Costa. Já o leite e derivados desencadeiam o aumento do IGF 1, o hormônio do crescimento, que é um outro pró-inflamatório do organismo.

A especialista afirma que estes tipos de carboidratos estimulam os receptores hormonais da pele e fazem a glândula sebácea não funcionar bem. Assim, após formar o sebo, ele é acumulado nos poros, resultando na bactéria causadora das espinhas.

Assim como há alimentos que agravam a acne, há os que ajudam a controlar as espinhas, como os de baixo índice glicêmico e os antioxidantes. O chá verde, alimentos ricos em licopeno, em vitamina C, B3 e zinco, como o brócolis e espinafre, por exemplo, agem no organismo ajudando a reduzir a inflamação causada pela acne. O óleo de peixe presente na sardinha e no salmão também possuem ação anti-inflamatória.

Outro aliado contra as acnes são os probióticos. “Eles são as bactérias boas do intestino, pois regulam a inflamação da pele e melhoram a resistência à insulina”, conta Joana Costa, apontando que os probióticos podem ser usados em cápsulas ou pela ingestão de iogurte.

No Brasil, há três tipos mais comuns de acnes: a adolescente, a genética e a adulta. A primeira é comum na puberdade e na menstruação, momentos em que há excesso de hormônios produzidos pelo corpo. A região mais afetada chamada zona “T” do rosto, que engloba nariz, testa e queixo.

A segunda ocorre quando o indivíduo possui uma predisposição para o surgimento acnes mais graves como a cística e aconglobata. Geralmente os pais tiveram espinhas severas que deixaram marcas no rosto. Por último está a acne adulta, comum na zona V do rosto, queixo e bochechas. As mulheres são as que mais sofrem com este tipo de espinha, por diversos fatores, entre eles a pele oleosa e problemas hormonais.

“As acnes devem ser tratadas assim que for dada sua primeira aparição, para evitar cicatrizes difíceis de serem removidas. Há diversos tratamentos eficazes como peelings e uso de ácidos tópicos que removem gradualmente as espinhas”, ressalta a médica.

Em casos mais graves, a dermatologista indica tratamentos a base de isotretinoína oral. “O tratamento é mais demorado, porém os resultados são muito eficazes, muitas vezes acabando com o problema em definitivo”, afirma Joana Costa. O tratamento de multiwaves também é ideal para acnes mais severas e em peles mais maduras. Feito a base de lasers, o tratamento garante a remoção, cicatrização e precavimento das espinhas em qualquer idade.

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