No dia 20 de outubro, o WWF-Brasil, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura – FAO iniciaram a ação digital “Mania de Desperdício” para desafiar as pessoas a desperdiçarem menos alimentos. As ações no Facebook e no Twitter fazem parte da campanha #SemDesperdício, lançada no dia 18 de outubro como parte da programação do Dia Mundial da Alimentação.

Na primeira fase da “Mania de Desperdício”, celebridades como Bela Gil aderiram à causa compartilhando a hashtag #MinhaGastromania e estimulando os seus seguidores a postarem sobre manias na cozinha. Youtubers ligados à gastronomia, profissionais e veículos de comunicação também participaram da ação, que ainda não havia divulgado as entidades autoras da campanha.

O buzz espontâneo da primeira etapa gerou alcance de mais de 245 mil pessoas nos dois perfis. A segunda etapa da campanha digital começou nesta quinta-feira, dia 3, e deixou o humor um pouco de lado para falar sério com o seu público. Por meio dos perfis no Twitter e no Facebook, WWF-Brasil, FAO e Embrapa trazem dados sobre o desperdício de alimento no mundo e convidam seus usuários a participarem do Desafio “Uma Mania a Menos”.

Veja o vídeo divulgado pela campanha nesta quinta-feira:

https://www.facebook.com/ManiaDeDesperdicio/videos/vb.1221657091189655/1238534922835205/?type=3&theater

O desafio tem duração de 10 dias e os interessados devem cadastrar o e-mail para receber as missões diárias, que trarão dicas de como deixar a mania de desperdício de alimentos de lado e adotar hábitos de consumo mais sustentáveis. Para participar, acesse o site www.semdesperdicio.org.

A Mania de Desperdício nasce da necessidade de alertar os consumidores brasileiros sobre o desperdício de alimentos e mostrar que o desperdício é um hábito, muitas vezes, impensado e inocente, mas com fortes consequências para o meio ambiente, para a sociedade e para o orçamento familiar.

“O desperdício de alimentos pode ser um grande problema ambiental. A estimativa é de que 3,3 bilhões de toneladas equivalentes de CO2 que estão aquecendo o planeta são atribuídos a perda e desperdício de alimentos”, comenta Edegar Rosa, coordenador do programa Agricultura e Alimentos do WWF-Brasil.

Para Gustavo Porpino, analista da Embrapa, a campanha contribui para despertar o interesse da sociedade por um tema com implicações sociais, econômicas e ambientais. “O desperdício na etapa de consumo é o mais danoso em termos de perdas de recursos financeiros e naturais. Quando o alimento é descartado no final da cadeia, perdem-se também todos os esforços de pesquisa, insumos e investimentos logísticos necessários para produzir e levar o alimento até o consumidor”, enfatiza. “Desperdiçar também significa reduzir as possibilidades de enfrentamento da insegurança alimentar”, complementa.

O agrônomo Alan Bojanic, representante da FAO no Brasil, enfatiza que o combate ao desperdício de alimentos é prioritário para a organização e deve estar presente na agenda de todos os governos. “Não é possível que em um mundo onde ainda exista mais de 745 milhões de pessoas passando fome, o desperdício de alimentos seja tão alto e representativo. A mudança de hábitos de consumo deve ser estimulada”, ressalta.

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

Reduzir o desperdício de alimentos pela metade até o ano de 2030 é um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável aprovados pelas Nações Unidas em 2015. Diversos países têm estabelecido planos de ação para alcançar a meta e campanhas como a “Love Food Hate Waste”, realizada no Reino Unido, têm alcançado bons resultados.

Pesquisa mais recente da FAO, focada nos países da América Latina e Caribe, estima que 28% das perdas ocorrem na etapa de produção e outros 28% são perdidos no consumo. Há carência de dados com enfoque específico no Brasil, o que indica a necessidade de pesquisas nacionais para quantificar as perdas e desperdício local.

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Créditos: Divulgação