Especialistas garantem: o comércio de segunda mão, ou melhor, os brechós estão crescendo muito no Brasil. E por dois motivos principais: por se tratarem de ótimas oportunidades de compra e venda em termos de custo e benefício, e pela consciência do consumidor em relação às práticas sustentáveis. O Sebrae-DF realizou pesquisa para traçar o perfil dos empreendedores que apostam nesse segmento. Cento e doze empresários do ramo responderam às perguntas, e as respostas foram bem animadoras para quem investe nesse setor, como é o caso da dona do Choose Vintage, no Sudoeste, Yana Bastos.

Yana, inclusive, se encaixa perfeitamente ao perfil traçado na pesquisa do Sebrae: 97% dos proprietários dos brechós são do sexo feminino, o que mostra que o mercado da moda e vestuário é dominado pelas mulheres empreendedoras. De acordo com o levantamento do Sebrae, 57,4% dos entrevistados tem o brechó como única atividade de atuação, como Yana Bastos; trabalham com moda feminina (89,5%); e a motivação para abrir o negócio foi a oportunidade de mercado (39%).

“Os clientes de brechó estão cada vez mais exigentes e sofisticados, e procuram peças de qualidade, com estilo e sem defeitos. Meu objetivo é mostrar que não somos uma loja de segunda linha, e incentivar essa modalidade que, em outros países, ocupa um espaço importantíssimo no mercado. Aqui as consumidoras obtém uma experiência de compra única, encontram algo que só elas podem ter e valorizar”, garante a dona do Choose Vintage.

Ainda de acordo com o levantamento do Sebrae, 75,7% dos donos de brechós tem planos de expandir a atividade; e 59,6% consideram que melhorar o visual da loja pode alavancar os negócios.

Os brechós em números, segundo o Sebrae:

No Distrito Federal, o número de pequenos negócios no segmento de usados cresceu 264%, quase quatro vezes, em cinco anos, passando de 77 em 2007 para 281 em 2012;

No Brasil há cerca de 12 mil estabelecimentos no comércio de usados;

O número de pequenos negócios – com faturamento anual até R$ 3,6 milhões – no comércio varejista de artigos usados cresceu 210% nos últimos cinco anos no Brasil. Com esse resultado, o número de micro e pequenas empresas passou de 3.691 para 11.469 (2007 a 2012).

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