Móveis assinados e papéis de parede exclusivos nem sempre são sinônimos de um bom projeto de decoração personalizado. Uma alternativa para conquistar um ambiente autêntico e refinado é o uso de obras de arte na composição dos espaços, trazendo inovação e inspiração aos cômodos.

Para os profissionais da área, a adesão de esculturas e pinturas dentro de casa garante o design funcional e harmônico e foge dos projetos mais tradicionais. Apenas o mobiliado e o papel de parede não oferecem tanto impacto no décor quanto uma obra de arte. O ambiente precisa de assinatura, de detalhes que se amarre com todo o contexto.

Além de incrementar a estética, os trabalhos artísticos ainda proporcionam personalidade aos cômodos, instigando a reflexão e a contemplação.  As obras de arte são como janelas que se abrem para o mundo. Por isso é preciso buscar aquilo que realmente combina com a identidade do cliente e do espaço.

Escolher as obras de artes que se encaixem no ambiente e combinem com o perfil do cliente pode ser uma tarefa difícil para quem não tem familiaridade com o assunto. Por isso, profissionais dão sugestões de como incluí-las na decoração. Confira:

1. Conheça o cliente

É preciso conhecer bem o cliente para saber que cores e técnicas mais lhe agradam. Comece a perceber se a preferência são abstratos ou figurativos, trabalhos mais sóbrios ou coloridos, em papel ou tela. A diversidade de técnicas é muito grande. Uma coisa é fato: o olho do cliente tem que brilhar quando encontra a obra certa;

2. Respeite a proposta do ambiente e a personalidade do morador

A escolha da obra de arte ideal varia com o estilo do espaço a ser trabalhado, seja ele clássico ou mais contemporâneo. Em um ambiente baseado no design escandinavo não dá para usar muita informação nas obras. Nesses casos, trabalhamos mais com obras minimalistas, que brincam com as linhas e de cores mais sóbrias ou optamos apenas por uma cor;

3. Aposte em peças exclusivas para valorizar o projeto

É fundamental a presença de um profissional do mercado de arte que lhe apresente peças exclusivas. A arte que vai ajudar muito a diferenciar o projeto, e a maioria peca nessa hora. É muito comum ver ambientes requintadíssimos com artes que não condizem, não estão em harmonia com os demais itens, pelo nível artístico dos trabalhos. É aí que o profissional acaba entregando as falhas do seu projeto ou a falta de inovação;

4. Escolha as obras de acordo com a identidade e a função dos cômodos

Existem artes que incomodam e trazem uma sensação de estranheza, obras com um papel mais contestador e social. Não indicaria esse tipo de arte para os quartos, por exemplo. É um ambiente que pede algo mais tranquilo;

5. A montagem deve fazer sentido junto com a obra

Moldura não pode concorrer com o trabalho, ou um acaba matando o outro. Se for arte contemporânea, o artista tem que resolver toda a montagem. Lembre-se que tem que ter material museológico pensando na conservação. Se for uma obra antiga com moldura de época, você pode até trocar por algo do seu gosto, mas avalie antes, pois às vezes perde valor. O mais importante a se levar em conta nesse quesito, sem dúvida, é que a montagem deve fazer sentido com a obra.

Créditos: CasaClaudia