Muitas mulheres estão vivenciando um cárcere emocional ligado à autoimagem e à autoestima. Mais de 2 bilhões de mulheres detestam alguma área do seu corpo, ou seja, 80% da população feminina. As redes sociais, revistas, televisão e cinema têm contribuído para difundir um falso ideal de beleza no mundo e isso tem causado um estrago no nosso inconsciente.
É muito triste relatar que 22% das mulheres já têm consciência de que são escravas da ditadura da beleza – extrapolando para a população feminina mundial, são mais de 600 milhões de mulheres. Elas poderiam estar felizes, aproveitando suas vidas, mas não estão. Estão aprisionadas, sufocadas, tentando se tornar o que não são. Mulheres, o que está acontecendo conosco? E o mais importante: como podemos mudar isso?
Cada pensamento e emoção, conscientes ou não, são registrados automaticamente por um fenômeno chamado RAM – Registro Automático da Memória. Ou seja, quando você vê uma foto e vê que não está igual, automaticamente você arquiva de maneira ansiosa essa imagem no seu inconsciente.
Está se formando no nosso inconsciente um padrão doentio do que é ser bela, feliz e realizada. Por isso, quem quer ser feliz tem que cuidar do que vê, pensa e sente. Temos que gerenciar melhor o que nós vemos, gerenciar os nossos pensamentos e as nossas emoções. Cada angústia e sentimento ruim tem que ser reciclado e administrado.
Precisamos entender que beleza vai muito além da aparência, beleza é um conjunto de coisas. Todas as mulheres são belas, cada uma à sua maneira. A forma como nos vemos e como tratamos nossos sentimentos precisa mudar.
Devemos urgentemente causar uma revolução contra a ditadura da beleza, e essa revolução começa primeiro dentro de nós.