Um conjunto de fatores contribui para o sobrepeso ou obesidade, entre eles a falta de exercícios físicos, a má alimentação e questões psicológicas. Profissionais dão dicas valiosas sobre o assunto
O Centro Terapêutico Dr. Máximo Ravenna é referência em emagrecimento saudável, por meio de uma terapia que envolve tratamento médico, nutricional, psicológico, além de atividade física adaptada. A nutricionista Isadora Fadul, explica que alguns hábitos são muito prejudiciais para uma manutenção adequada de peso, como ficar longos períodos sem se alimentar, fazendo com que, no momento das refeições, as medidas sejam exageradas. O hábito de “beliscar” pequenas porções durante todo o dia também é prejudicial. O consumo indiscriminado de preparações fritas ou ricas em gorduras como tortas e salgados, assim como o consumo de alimentos ricos em açúcar, como bolos e doces também contribuem para o ganho de peso. “O ideal para a manutenção do peso é o equilíbrio, ou seja, ter um hábito alimentar que inclua porções de frutas, hortaliças, agregando vitaminas e minerais e também proteínas e carboidratos e gorduras boas”, recomenda.
O equilíbrio não vem de uma lista de alimentos proibidos, e sim da adequação de bons hábitos alimentares no dia-a-dia e um consumo moderado e controlado de alimentos que podem ser prejudiciais a saúde. O glúten, por exemplo, presente em alimentos derivados do trigo, não é prejudicial a saúde em pessoas sadias. Deve ser consumido com moderação ou suspenso somente em casos de intolerância ou alergia.
Do ponto de vista psicológico, duas respostas complementares explicam em boa parte porque comemos a ponto de engordar. Primeira: comer é bom, e o ser humano gosta do que é bom. Segunda: comer alivia o sofrimento. O psicólogo Leonardo Martins afirma que, muitas vezes, a obesidade está na cabeça da pessoa. Ansiedade, tristeza e cansaço, por exemplo, são problemas que levam as pessoas a buscarem fuga nos alimentos. “Em resumo, o ato de comer é positivo, é uma forma de nos sentir bem, ou pelo menos de não nos sentirmos tão mal.
No entanto, algumas vezes a vida fica tão difícil que a comida é a única fonte de prazer que nos resta. Então, literalmente desembocamos na comida.” A solução para evitar a “mente gorda” é saber extravasar os problemas de outras formas, como encontrar os amigos, fazer atividades físicas e reorganizar a rotina. O acompanhamento psicológico também é muito importante para mudar a forma como a pessoa vê a comida.
Já a educadora física Valéria Leonhardt conta que trabalha com atividade física há 20 anos e nunca deixou de vivenciar o quão é difícil e angustiante para as pessoas manter o peso ao longo da vida. Ela afirma que “o comportamento da sociedade contemporânea trabalhando sentada em escritórios, passando horas em frente à televisão, sempre utilizando carro como meio de locomoção, nos leva ao sedentarismo. Sem uma prática regular de exercícios a tendência é reduzir massa muscular e consequentemente o metabolismo basal, ou seja, a quantidade de energia gasta para manter suas funções vitais. Necessitando de menos energia teríamos que ingerir menos calorias e alimentos com menos gordura e açúcares para manter o peso, mas a realidade não é essa.” Ela explica que as pessoas se rendem aos fast foods e alimentos calóricos frequentemente apresentados pela mídia.
Esse comportamento, segundo a OMS, leva a um crescimento no número de pessoas com sobrepeso e obesidade, o que provoca um grande problema de saúde pública. Problema gerado pelas doenças crônico-degenerativas associadas à obesidade como diabetes, hipertensão, elevados níveis de colesterol, acidente vascular cerebral, doenças coronarianas, entre outras, que para tratamento sobrecarregaram o sistema único de saúde. Como resolver esse problema? Valéria responde: “simples! Exercícios regulares associados a dieta. Precisamos apenas de 3 sessões na semana com intensidade moderada de qualquer modalidade.” E aí, está esperando o que para mudar sua realidade?
Tornar o exercício físico um hábito diário imuniza você de uma série de doenças.
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