Cerca de 20% das mulheres em idade reprodutiva sofrem da síndrome dos ovários policísticos, um desregulamento hormonal causado pelo elevado número de folículos nos ovários em estado de repouso.

Esta condição, diz a Associação Portuguesa de Fertilidade num comunicado enviado às redações, tem implicações a nível físico e emocional, provocando na mulher ciclos menstruais irregulares, excesso de pilosidade, queda de cabelo, sobretudo, na zona temporal, acne, obesidade, hipertensão arterial e alteração do metabolismo da glicose, condições que podem dar ainda origem a outras complicações de saúde.

Para a presidente da Associação Portuguesa de Fertilidade, Cláudia Vasconcelos Vieira, os primeiros sinais desta doença (que não tem cura) ocorrem na adolescência, contudo, estes sinais são muitas vezes desvalorizados, o que faz com que a mulher apenas procure “o médico especialista anos depois dos primeiros sintomas, quando tentam engravidar e se deparam com o insucesso”.

E porque é que esta condição leva ao insucesso da gravidez? De acordo com o organismo, esta síndrome -que pode consequência do excesso de peso ou tensão arterial alta – é a causa mais comum de infertilidade anovulatória, ou seja, infertilidade causada pela ausência de ovulação.

“O diagnóstico é feito através de uma ecografia e de outros exames complementares de diagnóstico recomendados pelo médico. A mulher com SOP deve efetuar medicação inibidora dos androgénios, para não sofrer insuficiência prematura do ovário. Quando desejar engravidar, e se tal não ocorrer espontaneamente, após a paragem da medicação, deve efetuar uma laparoscopia para cauterizar os quistos. Nos casos mais ligeiros, é suficiente a medicação com análogos da GnRH”, lê-se na mesma nota.

A síndrome dos ovários policísticos provoca consequências físicas e emocionais nas mulheres.

Créditos: Notícias ao minuto