Muito branco, vestidos drapeados e acessórios dourados marcam a nova coleção da grife Chanel, que teve a Grécia Antiga e sua mitologia como fontes de inspiração. O tema tem raízes na história da marca, uma vez que a própria Gabrielle Chanel era fascinada pela época, chegando a ter a escultura de uma Vênus sem cabeça do século 1 A.C exibida no centro de seu apartamento, em Paris.

Outro destaque do catwalk foram tiaras e fitas no cabelo, elas andam voltando com muita força, tanto em desfiles como em looks de fashionistas e blogueiras.

Para o diretor criativo Karl Lagerfeld, esse é um momento de olhar para trás: “estou sugerindo voltar para avançar. Para criar o futuro, você precisa prestar atenção ao passado”, disse ele. Como resultado, temos uma coleção bastante feminina, repleta de força e delicadeza, com peças que prometem ser hit durante muitas estações. Veja abaixo alguns destaques da apresentação:

O cenário monumental e a Grécia à la francesa – Chanel Cruise 2018

O desfile foi apresentado no Grand Palais, em meio à 11 grandiosas colunas desmoronadas, com sálvia e alecrim “crescendo” por entre suas rachaduras e uma grande oliveira retorcida, surgindo de um afloramento rochoso. O cenário remetia às ruínas restantes da civilização Grega, por onde as modelos cruzavam com looks repletos de referências à época.

A escolha de recriar a Grécia no centro de Paris surpreendeu os jornalistas, já que a Chanel tradicionalmente apresenta sua coleção Cruise diretamente no país de inspiração (como fez com Havana e Dubai em anos recentes). A explicação, no entanto, foi bastante lógica: Desfilar na capital seria uma forma de apoiar a cidade francesa, que está saindo de um período um pouco difícil, que durou mais de um ano e meio, segundo o presidente de atividades de moda da Chanel, Bruno Pavlovsky.

Modelos desfilaram a coleção por entre as “ruínas” da antiga civilização grega – Chanel Cruise 2018

Cenário do desfile Chanel Cruise 2018 no Grand Palais

A beleza clássica e um ode ao feminino – Chanel Cruise 2018

Peles levemente corrigidas, olho esfumado em tons terrosos e lábios coradinhos, complementados com um delineado poderoso foram eleitos pela maison para mostrar uma beleza forte e ao mesmo tempo delicada. No desfile da Chanel, as mulheres se transformaram em deusas gregas, mostrando todo o poder do feminino. A inspiração foi literal: para Lagerfeld, nunca na história tivemos uma representação tão bela das mulheres quanto na Grécia Antiga. A própria Renascença, onde a beleza feminina era constantemente louvada, foi baseada na antiguidade grega.

A beleza da passarela Chanel Cruise 2018 é a cara do verão: simples, leve e descomplicada.

As roupas, o styling e o acessório que roubou a cena – Chanel Cruise 2018

Os clássicos terninhos de tweed da Chanel foram substituídos por longos macacões esvoaçantes de um ombro só, vestidos drapeados de cintura bem marcada, camisas e calças com estampas de folhas de louro e conjuntinhos em crochê. A mensagem era bem clara: nessa temporada, a mulher Chanel se transforma na própria deusa grega, com toda a representação da sua força e feminilidade.

Nos acessórios, além das belíssimas tiaras douradas que enfeitavam o cabelo das modelos, o grande destaque da noite ficou para as controversas sandálias gladiadoras, que cabem muito bem dentro do tema da coleção, mas dividem a opinião das fashionistas.

O clássico tweed da grife foi revisitado e ganhou ares de verão nas ilhas gregas.

Na estamparia, a inspiração ficou por conta dos tradicionais galhos de louro, em dourado.

A referência às deusas da mitologia grega esteve bem presente nas modelagens e escolha de tecidos.

A grife francesa é especialista em “causar” no quesito calçados.

Créditos: Fashion Bubbles