O site Business of Fashion, criou junto com o Euromonitor (publicação que analisa o mercado de consumo global) uma cartilha do consumo, 10 mandamentos para empresas e consumidores incorporarem à vida, seja mudando hábitos ou cobrando das marcas que gostamos. Confira!
1. Forneça transparência em suas práticas de negócios. O consumidor moderno tem sabido cada vez mais sobre questões ambientais e condições de trabalho, com isso, é importante deixar claro suas premissas e diretrizes. “Hoje em dia, transparência é mais uma expectativa que uma opção”. A geração millennial chega disposta a apenas consumir marcas conscientes e, o mais importante, sempre buscar o diálogo e ir além. O resultado é experiência de marca e isso é muito importante nos dias de hoje.
2. Demonstre autênticos valores de marca. Não basta se forçar a viver o momento mais consciente, mas sim demonstrar através de produtos que transmitam a história e cultura da marca. As pessoas tem se questionado cada vez mais sobre o que e por que comprar, com isso a “economia de experiência” pode ser bem traduzida com produtos autênticos. A matéria cita a Burberry como exemplo, a marca segue zelando pelos seus valores, seja através de produtos ícones, mas como a herança de estilo. “Autenticidade é a nova sensibilidade do consumidor e se torna um critério poderoso na hora da compra”.
3. Crie processos de sustentabilidade. Procure trabalhar cada vez mais com materiais sustentáveis. E, o principal, informe isso aos seus clientes. A Reformation, loja californiana super deslocada e que trabalha reformando roupas de brechós em itens modernos é exemplo de case e de como marcas devem se posicionar.
4. Invista em tecnologia de varejo. Busque sempre inovações tecnológicas que vão incrementar a experiência de compra do cliente. “Uma marca pode ser deixada de lado pelos clientes apenas pelo fato dela ainda não ter se adaptado a um novo modelo de negócio que inclui não só compra online, mas também atuação nas redes sociais”. Nos novos tempos, marcas precisaram mais que nunca ligados aos influenciadores digitais e estes colaborando em transmitir seus valores.
5. Ajude os clientes a atingirem objetivos pessoais. Crie experiências que vão além da venda e que vão atingir objetivos inesperados e surpreendentes. Como exemplo, eles citam a Nike, que regularmente organiza experiências para clientes locais, tudo para foco no bem estar e um convívio paralelo de marca+consumidor.
6. Precifique seus produtos de forma clara. Em tempos de consumo desenfreado e busca por produtos cada vez mais baratos, é preciso treinar o consumidor a diferenciar o que de fato vale ao preço de uma peça. Sugere-se mostrar ao cliente o preço de custo do produto pra então contextualizar de fato seu valor e explicar que nem sempre o produto mais barato pode ser o melhor, especialmente os de origem questionável. É preciso justificar destacar o valor de um produto em tempos que busca-se mais por preço e menos por qualidade.
7. Forneça serviço eficiente. O consumidor moderno tem tido cada vez mais opções de marcas, com isso, marcas que agilizem o processo da compra e facilitem esse sistema saírão na frente.“Isso é mais do que apenas conveniência, mas cada vez mais sobre facilitar. O tempo se tornou um luxo no mundo conectado de hoje”. Já existem sistemas capazes de estudar seu perfil de estilo e depois disso criar um algoritmo pra facilitar sua compra e selecionar apenas produtos do seu perfil.
8. Fornecer experiências gera vendas. Já pensou quantas páginas e páginas de e-commerce existem pra gente comprar? E as milhares de lojas físicas sedentes pelo seu espaço? Com isso, as marcas precisam criar experiência, elas precisam nos atrair, nos cativar, criar ocasiões específicas e que gerem venda. Eles investem, a gente exige, mas compra no final.
9. Apoie a economia local. Brechós, lojas vintage, comprar roupa usada estará mais que na moda. Junto a isso, e-commerces como o Enjoei são um grande exemplo de como podemos comprar não só pelo viés da sustentabilidade, mas no aspecto de dividir experiências. A marca cita o Rent the Runway, site gringo que você pode alugar peças vindas diretas da passarela. Essa ideia precisa deixar de ser uma experiência pontual, mas se tornar algo comum.
10. Reconheça a individualidade de cada cliente. Não basta criar experiência pro cliente, mas é preciso um registro. E quase que literalmente falando, do couro monogramado da Vuitton ou jeans personalizado da J.Crew, as lojas devem fornecer essa marca registrada e identidade a cada produto. A marca que reconhecer e fornecer singularidade a cada cliente sairá na frente.
Créditos: Fashionismo