Inquérito vai tramitar sem segredo de justiça; expectativa é para divulgação do conteúdo da delação

O presidente Michel Temer (PMDB), o senador Aécio Neves (PSDB) e o deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) serão investigados em conjunto, no mesmo inquérito no Supremo Tribunal Federal. O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF, mandou a Procuradoria-Geral da República investigá-los com base nas delações dos irmãos Joesley Batista e Wesley Batista, proprietários do grupo JBS, maior do mundo. O inquérito, de número 4.483, tramitará sem segredo de justiça.

A íntegra do pedido da PGR para abrir investigação contra o presidente ainda não está disponível, tampouco a decisão do ministro com a autorização. O que consta no sistema, neste momento, é a certidão de distribuição para o ministro Edson Fachin, que mostra que o processo foi direcionado especificamente a ele por haver suposta conexão com o inquérito que investiga uma suposta organização criminosa entre membros do PMDB no Senado Federal, o inquérito 4.326.

Em um dia cercado de expectativas em torno dos desdobramentos da crise política que abala o governo, o conteúdo da delação da JBS deve ser tornado público a qualquer momento, segundo apurou o Broadcast.