A Corte Eleitoral começa o 4º dia da retomada do julgamento histórico que pode cassar a chapa Dilma Rousseff-Michel Temer e afastar o presidente da República
Veja os principais destaques do julgamento no TSE até agora:
– Na sessão da noite desta quinta, Herman declarou reconhecer procedência na alegação de abuso de poder político e econômico na campanha de Dilma e Temer em 2014. Ele citou o uso de propina da Petrobrás e o pagamento via caixa 2 a marqueteiros. Esse é o principal argumento da petição inicial apresentada pelo PSDB após as eleições de 2014.
– O relator citou os depoimentos dos delatores Sérgio Machado, Renato Duque e Paulo Roberto Costa, operadores no esquema, para justificar o embasamento do que deve ser o seu voto. Benjamin Herman indica que vai pedir a cassação da chapa. “Há provas sobre recebimento de recursos ilícitos por práticas corruptas da Petrobrás”, explicou o ministro.
– Ontem pela manhã, quatro dos sete dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sinalizaram que não vão incorporar as delações da Odebrecht em seus votos. As defesas de Temer e Dilma defendem a exclusão das delações.
– No momento mais tenso na sessão desta quinta-feira, o ministro relator do caso, Herman Benjamin, disse que os colegas que rejeitam a apreciação de fatos novos no processo “invertem” a história da Casa. “Aqui estamos num dos julgamentos mais importantes da história do TSE para julgar caixa 1 e não caixa 2, invertendo nossa história”, afirmou.
– O ministro Tarcísio Vieira defendeu a exclusão dos depoimentos da Odebrecht da votação. Em um parecer de dezenas de páginas, ele defendeu a limitação do julgamento às “causas de pedir” e afirmou que “fato novo não pode ser incorporado à demanda apenas porque se encaixa na questão inicial”. A defesa de Dilma comemora posição contra uso de delação.
Créditos: Estadão