Essa é a segunda parte dessa série sobre como vencer a procrastinação. Sem dúvidas esse é um tema de grande relevância, afinal, é da nossa natureza procrastinar. Lembra de onde paramos na semana passada?

Estávamos conversando sobre: Como fazer que os benefícios de entrar em ação sejam maiores e reais?

Primeiramente, visualize como será prazeroso ter realizado a tarefa.

Pesquisadores descobriram que é mais provável as pessoas pouparem para suas aposentadorias se elas tiverem contato com fotos delas próprias digitalmente envelhecidas. Qual a razão? Porque torna seu futuro mais real, tangível – fazendo com que os futuros benefícios de poupar também seja mais realista.

Quando aplicamos essa técnica para qualquer tarefa que anteriormente estávamos evitando, tendo um momento de reflexão e nos incluindo em uma foto mental viva, visualizando os benefícios de ter alcançado o que se almeja, é as vezes o suficiente para nos deixar aliviados. Então, se há um telefonema que você está evitando ou um e-mail que está adiando responder, dê ao seu cérebro uma mãozinha imaginando aquela sensação de satisfação de dever cumprido que você terá assim que tiver feito, e talvez também o olhar aliviado de alguém assim que tiver de você o que precisava.

Comprometa-se, publicamente. Dizer às pessoas que vai fazer algo pode amplificar poderosamente o apelo de realmente agir, porque o sistema de recompensas do nosso cérebro é muito mais receptivo ao nosso posicionamento social. A pesquisa constatou o quanto valorizamos ser respeitados pelos outros – mesmo por estranhos. A maioria de nós não quer parecer louco ou preguiçoso na frente de outras pessoas. Então, ao ousar dizer "vou lhe enviar o relatório até o final do dia, adicionamos benefícios sociais ao seguimento da nossa promessa – o que pode ser o suficiente para darmos o primeiro passo em prol disso.

Confronte seu estado atual. A pesquisa também descobriu que somos estranhamente avessos para avaliar adequadamente nosso status quo. Embora possamos pesar os prós e os contras de fazer algo novo, é muito menos frequente consideramos os prós e os contras de não fazermos aquilo. Conhecido como parcialidade de omissão, isso geralmente nos leva a ignorar alguns benefícios óbvios de fazer algumas coisas. Suponha que você esteja repetidamente adiando a preparação que precisa fazer para uma próxima reunião, ou até mesmo se inscrever em uma academia. Provavelmente, tarefas mais emocionantes estão tentando você, por isso você diz a si mesmo que pode fazer isso amanhã. Mas se você se forçar a pensar sobre a desvantagens de não entrar em ação, perceberá que amanhã será muito tarde como por exemplo para receber contribuições de ideias de colegas para essa reunião ou um valor de desconto para matricular-se em determinado dia na academia. Se você decide mudar agora seu comportamento, você tem maior probabilidade de alcançar esse benefícios a tempo – então, finalmente, suas engrenagens começam a se mover em ação.

Mas aí vem mais uma perguntinha:

Como fazer com que o custo de agir seja menor?

Semana que vem nós contamos pra você! Quer dizer, isso se não procrastinarmos. Brincadeirinha.

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Um abraço bem quentinho!