Mês passado chegou às telas dos cinemas brasileiros o aguardado filme Mulher-Maravilha, que conta a história da famosa heroína dos quadrinhos, Diana Prince, vivida no longa pela atriz israelense Gal Gadot. Diferentemente do que costuma acontecer nos cinemas, que já dedicaram obras a toda sorte de super-heróis masculinos, como Batman, Superman e Homem-Aranha, entre outros, esta é a primeira vez que a história da Mulher-Maravilha é contada em tela grande. Sinal claro de que até uma das mais poderosas indústrias do entretenimento está de olho e refletindo as discussões e o desejo pelo empoderamento feminino. O que a gente adora e apoia, sempre! Por isso, a ESTILO comemora o fato homenageando algumas famosas do mundo real que são verdadeiras heroínas. Apesar de não voarem, não terem braceletes atômicos nem poderes telepáticos, elas enfrentam sem medo — e com muita personalidade — inimigos como o machismo e o preconceito.
Como você a conhece: Da série How to Get Away with Murder (2016) ou de filmes como Histórias Cruzadas (2011) e Esquadrão Suicida (2016). Seu superpoder: Na pele da advogada Anelise Keating de HGAM e da agente Amanda Waller de Esquadrão Suicida, a atriz norte-americana prova que mulheres podem assumir o papel de líderes duronas na ficção (e fora dela, claro!). Por que é uma heroína:Sua história de vida é um show de superação. Menina pobre na infância, chegou a conviver com ratos e passar fome. Hoje, eleva a discussão sobre a representatividade da mulher negra na mídia com uma série de feitos notáveis: é a que tem o maior número de indicações ao Oscar e foi a primeira a conquistar a Tríplice Coroa de Atuação, honraria dada a atores que ganham prêmios no Oscar (cinema), Emmy (televisão) e Tony (teatro). No palco das premiações, Viola brilha nos discursos com frases impactantes: “A única coisa que diferencia uma mulher negra de outras pessoas é a oportunidade” é uma delas. Atua ainda como embaixadora da ONG norte-americana Hunger Is, que luta contra a fome.
De onde você a conhece: A rapper curitibana despontou no cenário musical em 2013, quando venceu o Prêmio Multishow na categoria revelação (ela competia com Anitta e Clarice Falcão). Em 2016, se apresentou na abertura das Olimpíadas e, neste ano, se tornou apresentadora do programa Superbonita, no canal pago GN T. Seu superpoder: Usar sua música para combater o racismo e promover a diversidade e o feminismo negro. Por que é uma heroína: Karol ocupou espaço no mercado do rap (predominantemente masculino) e na mídia para falar sobre o que acredita: amor próprio, liberdade e empatia. “Sinto que ajudei a abrir o caminho para outras meninas no rap. Tento, pelas minhas músicas, ajudar mulheres a aceitar e amar sua beleza”, disse ela à ESTILO. Mais uma conquista de Karol foi emplacar a canção Bate Poeira, que defende a tolerância com o outro, na abertura de Malhação: Viva a Diferença. Quanto à função de apresentadora, diz: “Luto para que a mulher negra fale com qualquer público, seja da periferia, seja da elite. Estarmos em uma posição de destaque tem que ser visto como algo normal”.
Como você a conhece: Pela personagem Hermione Granger da franquia Harry Potter (de 2001 a 2011), e também por outras atuações no cinema, como em As Vantagens de Ser Invisível (2012), Bling Ring: A Gangue de Hollywood (2013) e no longa-metragem A Bela e a Fera, lançado em março deste ano. Seu superpoder:Usar sua influência para promover debates a respeito de questões femininas relevantes, como a igualdade de gênero e o abuso sexual. Por que é uma heroína:Para filmar A Bela…, ela quis que o corset e a armação do vestido amarelo da personagem não existissem mais — afinal, roupas que comprimem o corpo não fazem sentido para uma mulher que luta e anda a cavalo —, e é uma das idealizadoras da campanha #HeforShe, que convoca líderes de grandes corporações, universidades e governos a se engajarem em ações a favor da igualdade de gêneros. Seu ativismo feminista também rendeu a ela o título de embaixadora da Boa Vontade, da ONU Mulher, em 2014. Desde então, Emma usa seu perfil no Instagram (@emmawatson, com 35 milhões de seguidores) para divulgar projetos como o Our Shared Shelf, um clube do livro de pegada feminista. “Comecei a ler tudo que podia sobre a igualdade de gêneros e encontrei histórias incríveis, inspiradoras e empoderadoras e que me fizeram refletir. Decidi começar o clube porque quero dividir o que aprendo e saber o que outras mulheres pensam”, diz ela.
Como você a conhece: Ela causou furor em 2015 ao ser a primeira modelo plus size a estrelar um anúncio na edição de biquínis da revista norte-americana Sports Illustrated. No ano seguinte, virou capa da publicação e desfilou na semana de moda de Nova York. E acaba de lançar o livro Uma Nova Modelo — O Que Confiança, Beleza e Poder Realmente Significam, no qual aborda episódios de bullying pelos quais passou. Seu superpoder: Ignorar padrões de beleza e acreditar na força de suas curvas. Por que é uma heroína: A top norte-americana tem uma linha própria de lingerie, é colunista da InStyle norte-americana (nosso título-mãe) e incentiva garotas voluptuosas a se assumirem sexy. Com ela, a bandeira de democratização da moda ganhou um grande reforço.
Como você a conhece: Você pode não se recordar dela no concurso Miss Universo de 2004, em que representou Israel, seu país natal, ou de seu papel como Gisele em quatro edições de Velozes e Furiosos (de 2009 a 2015). Mas com certeza deve lembrar de seu rosto em Batman Vs. Superman (2016), como a Mulher-Maravilha, heroína que ganha filme neste mês – com Gal protagonista.Seu superpoder: Ela comanda o time das mulheres-maravilha e ressignifica a expressão “Lute como uma garota”. Por que é uma heroína: Além de encarnar a própria Mulher-Maravilha, uma das poucas heroínas da história a ter um filme para chamar de seu, ela quebra preconceitos em relação ao gênero feminino e às limitações de funções atribuídas a ele: serviu ao Exército israelense, tem paixão por motos e fez todas as cenas de ação que envolviam a máquina em Velozes e Furiosos sem dublê.
Como você a conhece: Lea começou a ficar conhecida ao estrelar campanhas de moda da Givenchy. A primeira foi em 2009 e, a partir daí, sua carreira deslanchou. Brasileira, foi a primeira modelo transexual a alcançar destaque mundial — desfilou nas semanas de moda de Milão e São Paulo e estampou capas de revistas nacionais e internacionais. Seu superpoder: Abraçar sua essência e lutar por ela com força e coragem. Por que é uma heroína: Apesar do preconceito e do bullying que marcaram sua infância, quando já não se sentia à vontade num corpo masculino, quebrou barreiras a favor da autoaceitação e da diversidade. Foi escolhida como rosto da marca de beleza Redken e representou o Brasil na abertura das Olimpíadas de 2016.
Créditos: Revista Estilo