A patinação artística sobre rodas, apesar de pouco conhecida mundialmente, é um esporte relativamente popular em Brasília, onde existem 4 escolas de patinação. Vale lembrar que não é um esporte olímpico, o que já vem sendo discutido há alguns anos. O Comitê Olímpico Internacional explica que não é um esporte olímpico a patinação artística sobre rodas pois já existe patinação artística no gelo nas Olimpíadas de Inverno, e o esporte não é tão praticado para haver duas variações do mesmo nas Olimpíadas.
Em 2016 o patinador brasiliense Arthur Casado foi classificado para o campeonato mundial de patinação artística em Novara, na Itália, mas quase não pode participar por falta de recursos. Com 19 anos, essa foi a terceira vez que defende a bandeira brasileira em um campeonato mundial.
Na entrevista ele fala sobre sua rotina de treino, 5 horas por dia 6 vezes por semana. Ele treina com patins e sem, na areia, na quadra e na academia. Ele fala que “você tem que virar máquina” e que está focando na sua resistência física e não só na sua técnica com os patins.
Arthur que ganhou a copa da Alemanha no ano retrasado diz que a viagem para a Itália ficou muito cara, cerca de 15000 reais para ele e sua mãe, que é também sua técnica. O atleta fez até uma vaquinha online onde quem quisesse poderia ajudá-lo com qualquer quantia. Quando questionado sobre seu oponente brasileiro ele disse que “ele também nem sabe se vai, por causa do dinheiro, está todo mundo batalhando grana. ” A confederação brasileira não cobre os custos da viagem dos atletas, diferente de outras confederações de esportes como a natação, Casado diz que “ com a natação é diferente, é um esporte olímpico, com mais apoio e visibilidade”
O patinador que é atualmente o 14º da sua categoria se diz está preparado e que tem boas expectativas para o próximo PAN. Para quem não conhece, o esporte é praticado sobre aquele patins de quatro rodas, que dependendo da modalidade em que se pratica, ele tem um freio na frente ou não.
Uma competição de patinação artística sobre rodas contém várias categorias e modalidades como livre, free dance, figuras e solo dance(somente em livre e free dance se usa freio). Elas consistem em saltos e giros sobre os patins em uma coreografia (livre), passos de dança, trabalhos de pés, e giros em uma coreografia (free dance), passos pré-definidos em cima de uma linha em formato de círculo (figuras) e em passos pré-definidos encaixados em algum ritmo de dança, onde as atletas precisam executa-los no ritmo da música.
Os atletas precisam seguir algumas regras. Por exemplo, nas competições de figuras, abertura e premiações é obrigatório o uso do uniforme de suas equipes. Já livre, free dance e solo dance as atletas podem usar collants (espécie de maiô com uma saia por cima) de sua preferência. Os trajes costumam ser brilhantes, são aplicadas pedras de Swarovskie semelhantes. Tem roupas que chegam a ter 10 000 pedras, “Para mim quanto mais pedra melhor, pedra no collant, na meia calça e até na cabeça” conta a atleta Eduarda Zisman, 18 anos.