No Brasil, aproximadamente 30 mil pessoas convivem com a doença

Para as doenças autoimunes, como esclerose múltipla (EM), mesmo sem causas ou origens determinadas, não faltam estudos que mostrem alternativas – além de medicamentos – para melhorar a qualidade de vida dos pacientes. E, entre elas, a prática de atividade física tem apresentado grandes benefícios aos portadores de EM.

A esclerose múltipla é uma doença que agride a mielina, uma substância gordurosa que reveste o axônio, corpo do neurônio, e tem como função tornar o transporte das informações mais rápido. Desse modo, a EM é considerada uma doença neurológica, mas reage em diversas partes do corpo, ocasionando alterações visuais, desequilíbrio, perda de sensibilidade, dentre outros.

Para diminuir esses sintomas, testes feitos pela Universidade de Ohaio, nos Estados Unidos, somados a relatos de médicos em todo o mundo, mostram que os pacientes submetidos à atividade aeróbica frequente, além de apresentarem um melhor desempenho cognitivo que os sedentários, tiveram menos lesões no cérebro após realizarem a ressonância magnética.

Essa conclusão reafirma o valor da prática de exercícios orientados a tais pacientes. De acordo com o educador físico, Maurício Peixoto, os treinos realizados para portadores de esclerose, por exemplo, são direcionados a um grupo de exercício de estabilidade, voltando a desenvolver força nos músculos estabilizadores do aluno com esclerose.

Como alguns estudos citam, a introdução de exercícios aeróbicos é muito importante devido ao aumento da vascularização e recuperação. Além do fator fisiológico, é válido salientar que a atividade física promove o controle e a diminuição do estresse o que é de alta relevância para pacientes que lidam com uma doença tão debilitante para o sistema nervoso.

Segundo o especialista, mesmo com todos os benefícios, alguns casos da doença com estágio mais avançado, dificulta a prática de exercícios físicos. Mas para aqueles que têm menos restrições, o exercício funcional e o pilates podem ser fundamentais para o controle da doença, desde que prescritos de acordo com as limitações de cada pessoa. “Não há contraindicação, o ideal é combinar a parte aeróbica com a muscular e respeitar as necessidades individuais”, conclui Maurício.

A exemplo, a Lewis, médica aposentada, foi diagnosticada com a doença aos 52 anos de idade e, após muito lutar contra os sintomas, encontrou na atividade física, uma forma de driblá-los. “Por ser médica, comecei a detectar alguns sintomas da doença como a alteração visual, mas mesmo após muitos exames, não foi certificada de que estava portando EM. Até que, uma médica de Brasília, conseguiu detectar a doença e, assim, comecei o tratamento, neste momento, a doença já havia avançado e, com isso, me sentia fraca e as quedas eram recorrentes, o que me fez não querer sair de casa. Ocorre que por indicação médica, fui orientada a praticar exercícios físicos e, o principal deles foi o treinamento funcional personalizado, que trouxe mais estabilidade e força aos meus movimentos. E, em oito meses, os sintomas da doença diminuíram bastante; hoje já não caio mais, pois adquirir maior sustentação corporal”, conclui.

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