A Polícia Federal cumpre mandados nesta quinta-feira, 3, na Operação Rio 40 Graus, em mais um desdobramento da Lava Jato no Rio. Foi preso Alexandre Pinto o ex-secretário de obras da gestão Eduardo Paes (PMDB).

A investigação da força-tarefa do Ministério Público Federal, no Rio, mira na gestão municipal na nova fase da operação. São alvo o pagamento de propina nas obras do BRT Transcarioca e também fraudes na despoluição da Bacia de Jacarepaguá.

Em nota, a PF informou que a Rio 40 Graus apura um esquema envolvendo o pagamento de propina a servidores públicos nas esferas municipal e federal, por meio de serviços fictícios de advocacia e entregas de valores em espécie desviados das obras do BRT Transcarioca e do Programa de Despoluição da Bacia de Jacarepaguá. A operação é realizada em conjunto ao Ministério Público Federal e a Receita Federal.

Setenta e seis policiais federais cumprem nove mandados de prisão preventiva, um mandado de prisão temporária, três mandados de condução coercitiva e dezoito mandados de busca e apreensão, expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal/RJ, no Rio de Janeiro (Recreio, Centro, Copacabana, Botafogo, Vila Isabel, Barra da Tijuca, Tijuca, Rocha, Jacarepaguá), Niterói (Boa Viagem, Icaraí, São Francisco, Itaipu, Fonseca, Camboinhas) e em São Paulo/SP, Recife/PE e Petrolina/PE.

As investigações, iniciadas há cerca de quatro anos, indicam a participação de servidores públicos municipais no grupo criminoso.

Os presos serão indiciados por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Após os procedimentos de praxe, eles serão encaminhados ao sistema prisional do estado.

No dia 25 de julho, o Conselho Superior do Ministério Público Federal prorrogou por mais seis meses a atuação dos procuradores da Lava Jato no Rio. A medida começou a valer a partir de 9 de junho deste ano.

Os procuradores vão continuar se dedicando exclusivamente às investigações sobre corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A Lava Jato, no Rio, já havia se desbruçado sobre desvios na Eletronuclear e na administração do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB).

 

Créditos: Estadão