O Bem Estar desta terça-feira (8) falou sobre concentração e transtornos. Quais são os sinais de alerta para problemas mais sérios? O psiquiatra Paulo Matos falou sobre problemas de falta de atenção nos adultos. Até o egoísmo pode ser um dos sinais. A consultora e pediatra Ana Escobar explicou os efeitos colaterais dos remédios.
O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e frequentemente acompanha a pessoa por toda a sua vida. Ele se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade.
O TDAH na infância se associa a dificuldades na escola e no relacionamento. As crianças são tidas como avoadas, que vivem no mundo da lua e estabanadas. Já na fase adulta, ocorrem problemas de desatenção para coisas do cotidiano e trabalho, bem como a memória. São frequentemente considerados egoístas.
O psiquiatra lembra que a falta de atenção e hiperatividade são sintomas que todo mundo tem, porém, o que diferencia uns dos outros é o grau de intensidade. É ele que vai determinar se uma pessoa sofre de TDAH. Ele explica que houve uma banalização da doença, mas é preciso tomar cuidado.
Um questionário pode ajudar a avaliar a intensidade da falta de atenção. As perguntas servem como ponto de partida para o levantamento de alguns possíveis sintomas primários do TDAH. É importante ter um diagnóstico correto do transtorno. Veja o questionário da Associação Brasileira de Déficit de Atenção
O diagnóstico de TDAH costuma ser feito a partir dos sete anos, pois é nessa idade que a criança passa a ter mais maturidade e começa a entender melhor que é preciso fazer silêncio na sala de aula, por exemplo.
Os especialistas dão algumas dicas para o tratamento de TDAH: não tenha medo de usar remédio, elogie seu filho, não o compare com as outras crianças e crie uma rotina. Não espere perfeição e não exija mais do que a criança pode dar.
Créditos: Bem Estar