Nutricionista e dermatologista dão dicas para enfrentar a baixa umidade
O Distrito Federal vai completar 100 dias sem chuva nesta quinta-feira, dia 31 de agosto, de acordo as previsões meteorológicas. Seja no frio ou no calor, os brasilienses enfrentam uma longa estiagem, com registros de umidade do ar abaixo dos 20%, o que configura estado de alerta. Apesar da seca se repetir todos os anos, os habitantes da capital sempre sofrem com essas condições extremas, que facilitam o surgimento de problemas na pele, no sistema respiratório e em outras áreas.
Cansaço e indisposição podem ser se tornar mais frequentes, principalmente quando a seca vem combinada com temperaturas mais altas. “O ideal é dar preferência para refeições mais leves, com verduras, legumes, alimentos que tenham uma digestão mais fácil”, recomenda o nutricionista Daniel Novais. Os sucos também são uma ótima forma de recuperar a hidratação, além de oferecerem diversos nutrientes, mas é preciso cautela. “Não se pode usar a desculpa do tempo seco para exagerar nos sucos. Eles perdem as fibras das frutas e acabam sendo absorvidos rapidamente, não dão uma saciedade prolongada e têm muita frutose, o açúcar das frutas. A pessoa pode acabar consumindo muitas calorias sem nem perceber”, alerta o profissional.
A água, pura, é a melhor opção. Mas não caia na regra dos dois litros por dia. “Essa é uma medida geral. A quantidade de água que uma pessoa realmente precisa varia de acordo com alguns padrões individuais, como a prática de atividades físicas. Pode ser menos ou mais do que dois litros, o indicado é buscar orientação profissional”, orienta.
E aquela cerveja “trincando” pode até ajudar a refrescar, mas a hidratar, não. “A bebida gelada dá a impressão de diminuir a sede em um primeiro momento, mas na verdade o álcool desidrata o organismo. É importante intercalar a bebida alcoólica com copos de água, o que ajuda inclusive a evitar uma ressaca, que está muito ligada à desidratação”, afirma Daniel.
Pele precisa de atenção extra
Nessa época do ano, uma das partes do corpo mais afetadas é a pele. “Ela é uma das principais barreiras de proteção do organismo. Se estiver ressecada, pode ficar mais suscetível a doenças de pele, manchas, feridas e entrada de agentes maléficos”, explica o dermatologista Erasmo Tokarski. A oleosidade natural é muito importante para manter a saúde desse órgão.
Uma das orientações é usar cremes hidratantes. “E não tem isso de quanto mais caro melhor. Em termos de hidratação, os mais eficazes são os cremes consistentes, grossos, com glicerina, óleos e outras substâncias que ajudem a fixar o efeito”, indica o especialista. Mas isso depende do local de aplicação. “A pele do rosto é mais delicada, por isso é melhor usar produtos específicos para a face, principalmente se a pessoa tiver tendência a acne ou outros problemas.” Os lábios também devem ser protegidos com hidratantes labiais. Outras dicas são evitar banhos quentes, uso de buchas e de exposição ao sol no horário das 10h às 16h.
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