Com os tempos modernos, de globalização e informação quase instantânea, ganhamos em tempo e conhecimento, mas perdemos em relacionamento interpessoal e inteligência emocional. Focamos no QI e perdemos em QE. Vivemos a “síndrome da pressa”. Somos escravos do relógio. Estamos sempre atrasados, correndo para algum lugar ou para resolver alguma coisa. Não paramos para cumprimentar as pessoas, nos relacionar com nossos familiares e falar com nossos colegas de trabalho.

As pessoas se preocupam em adquirir cada vez mais status, especialização profissional e dinheiro e perdem o tempo para usufruir as conquistas materiais com quem amamos. Ganhamos em bens e perdemos em saúde e qualidade de vida. Adquirimos relacionamentos superficiais com “amigos” virtuais e perdemos o convívio com os amigos reais. Nunca estivemos tão próximos de quem está longe, através do uso da tecnologia, e tão longe de quem está perto, pelo mesmo uso da tecnologia.

Estamos perdendo os vínculos que essas atividades cotidianas nos proporcionam e nos tornando cada vez mais estranhos uns aos outros. A população está adoecendo por falta de atenção, carinho e cuidados dos seus. A depressão é a doença do século e outras doenças psicológicas como transtornos de ansiedade, síndrome do pânico, fobias, desajustes sociais, entre outros, vem crescendo assustadoramente.

Segundo pesquisas da Organização Mundial da Saúde – OMS (2015), o Brasil é recordista mundial em prevalência de Transtornos de Ansiedade: 9,3% da população sofre com o problema que se reflete em todas as áreas da vida das pessoas. Não perca tempo, como diz a música Trem Bala de Ana Vilela, “segura teu filho no colo, sorria e abraça os teus pais enquanto eles estão aqui.” A vida passa depressa e quando nos damos conta, os filhos cresceram, nós envelhecemos e nossos pais vão embora. Aproveite cada momento, ame sua família, valorize seus amigos e curta a vida, seu maior presente de Deus.

 

Texto: Alire Moura

Foto: Divulgação