Minutos depois de o plenário do Senado derrubar decisão da Justiça que afastava Aécio Neves (PSDB-MG) do mandato, o nome do tucano voltou à lista de “parlamentares em exercício” no site da Casa.
Em ambas as situações a acusação é a mesma: corrupção passiva e obstrução da Justiça. Ele foi gravado em março pelo delator e empresário Joesley Batista, dono da JBS, a quem pediu R$ 2 milhões.
A primeira determinação foi revertida pelo próprio STF (Supremo Tribunal Federal). Já a segunda se deu por uma decisão política pela maioria dos senadores.
Recuperado o mandato, Aécio agora tem de enfrentar situações adversas tanto na política quanto na Justiça.
Ainda está pendente de análise do STF a denúncia apresentada em maio pelo MPF (Ministério Público Federal). O caso não tem data para ser pautado e será julgado pela primeira turma da corte após uma série de depoimentos e provas serem coletados.
No campo político, Aécio deverá enfrentar nova representação contra ele no Conselho de Ética do Senado por quebra de decoro. O processo pode, inclusive, resultar na cassação de seu mandato.
O senador já teve um pedido de cassação arquivado pelo colegiado no primeiro semestre deste ano. Diante do novo afastamento, ele é alvo de outro pedido apresentado pelo PT. O caso ainda está pendente de análise do Conselho.
Aécio está licenciado da presidência do PSDB desde seu primeiro afastamento, em maio. Tucanos devem fazer nova pressão para que ele deixe o cargo em definitivo agora. Uma ala do partido avalia que as acusações contra o senador têm prejudicado a imagem da sigla, na véspera de eleições.
Ainda de olho em 2018, o tucano deverá decidir se concorre novamente a uma vaga no Senado ou se decide concorrer a uma cadeira na Câmara. Alguns aliados avaliam que as acusações que pesam contra Aécio não tem chances de se eleger senador e que deve concorrer ao cargo de deputado para garantir foro privilegiado após 2018. Com informações da Folhapress.
Créditos: Notícias ao Minuto