O marqueteiro Renato Pereira afirmou, em delação, ter pagado remessas entre R$ 1 milhão e R$ 1,2 milhão por ano a pelo menos 11 pessoas, por ordem do ex-governador do Rio Sérgio Cabral. O publicitário liderou campanhas eleitorais do PMDB no estado nos anos.
Entre os receptores dos repasses, estão o irmão do ex-governador, Maurício Cabral, e o subsecretário de Comunicação do Governo do Rio, Ricardo Cota. Outro a receber dinheiro foi o então subsecretário de eventos da secretaria de Comunicação, Francisco de Assis Neto, o Kiko,segundo o delator.
O fotógrafo Ricardo Stuckert, que trabalhou na presidência da República durante os governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, também é citado por Pereira. Ele teria sido incluído na lista de Cabral para agradar o ex-presidente Lula e recebeu cerca de R$ 40 mil de 2012 a março de 2014, por meio da da emissão de notas por uma empresa de um amigo de Renato.
Ainda de acordo com o delator, os repasses eram ocultados por meio de serviços de pequenas produtoras de vídeos. Uma delas era a Carioca Filmes LTDA, que fazia os vídeos e divulgava os atos do governo.
As empresas de audiovisual recebiam os valores do governo, estes eram sacados e o pagamento enviado para a Carioca Filmes, de forma que o dinheiro chegava ao sócio de Pereira, Eduardo Villela. Esses valores, então, eram entregues às pessoas indicadas por Cabral.
Créditos: Notícias ao Minuto