Sem considerar os tumores de pele não melanoma, trata-se do segundo câncer mais incidente da região Centro-Oeste.
Pouco comentado, o câncer de colo de útero é o terceiro tumor mais frequente na população, ficando atrás apenas do câncer de mama e do colorretal. A estimativa do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca) e de que surjam aproximadamente 16.340 novos casos deste tipo de câncer até o fim 2018.
Dados mostram ainda que até 2013, já houve 5.430 casos de morte por câncer de colo do útero, o que o faz ser considerado a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil. Por isso, a prevenção é fundamental.
Uma das principais causas do câncer do colo de útero é o HPV (papiloma humano), aproximadamente 90% dos casos estão relacionados ao vírus, mais especificamente os subtipos de alto risco, no qual mulheres portadoras desses subtipos têm até 10 vezes mais chances de desenvolver o câncer.
No entanto determinados hábitos como o início precoce da atividade sexual, a multiplicidade de parceiros sexuais, a falta de higiene íntima adequada, o tabagismo e o uso prolongado de contraceptivos orais podem ampliar o risco de desenvolvimento da doença.
Uma vez que o HPV está diretamente ligado ao câncer de colo de útero, evitar o contágio é fundamental; assim, como a transmissão se dá por via sexual, o uso do preservativo funciona como importante forma de prevenção.
Ainda no rol das medicinas preventivas, destaca-se a imunização contra o HPV, que atualmente é oferecida pelo SUS, gratuitamente, a meninas e meninos de 9 a 14 anos de idade, que é quadrivalente, ou seja, protege contra os quatro tipos de HPV.
De acordo com o oncologista do Centro de Câncer de Brasília (Cettro), dr. João Nunes, mesmo com todas essas formas de prevenção é de extrema importância que se faça o exame de papanicolau, que identifica possíveis lesões precursoras do câncer. “O exame papanicolau aparece como o caminho ideal para a identificação precoce da doença. Toda mulher deve realizar o exame uma vez por ano, desde o início da vida sexual. O intervalo entre um exame e outro pode ser reduzido dependendo de aspectos como presença de lesões e determinados hábitos sexuais. Vale destacar que a maioria das infecções por HPV não apresenta sintomas (lesões ou verrugas). A detecção da doença em estágio inicial evita até 80% dos óbitos”, explica.
Fora a prevenção, o tratamento da doença deve ser avaliado pelo médico e varia de acordo com cada paciente. Mas entre as terapias mais comuns estão: a cirurgia e a radioterapia, que serão prescritas em consonância com o estágio da doença, tamanho do tumor e fatores pessoas, tais como: idade e desejo de ter filhos.
Fonte: Divulgação