Você sabia que a humanização não está presente somente no parto normal, mas também na cesárea? “A cesariana só pode ser considerada humanizada quando feita em casos de real necessidade ou absoluta vontade da mãe mesmo após ter sido adequadamente orientada dos benefícios do parto normal” diz Dra Taciana Fontes, obstetra humanizada. Caso seja possível, é importante esperar que a mulher entre em trabalho de parto.

A cesárea humanizada preconiza que a mulher esteja acompanhada do parceiro ou familiar no centro cirúrgico. Além disso, a iluminação deve reduzida e o foco de luz desviado do rosto do bebê no momento de sua saída. Para deixar o ambiente mais confortável ao bebê e à mãe, o ar condicionado costuma ser reduzido.

Além disso, durante a cesárea humanizada, a mãe é mais valorizada e sua participação no parto é maior. Ela é informada pelo médico assistente sobre tudo que está ocorrendo e, caso ela deseje, os campos cirúrgicos podem ser abaixados para que a mãe veja seu bebê nascendo. Além disso, o corte costuma ter o mesmo diâmetro da dilatação vaginal em um parto normal, cerca de 10 centímetros.

No momento do nascimento, o bebê é retirado com calma e lentamente. Além disso, o cordão umbilical não é cortado imediatamente. O clampeamento do cordão ocorre quando ele para de pulsar.   “De acordo com evidências científicas, cortar o cordão umbilical enquanto ele pulsa aumenta a incidência de anemia na infância”, alerta Dra Taciana Fontes.

 Após isso, o bebê vai direto para o colo da mãe e para que ela tente amamenta-lo já nesses primeiros momentos, salvo quando o bebê necessite de cuidados intensivos.  A amamentação na primeira hora de vida do bebê é importante porque irá estimular a liberação do hormônio ocitocina. Este hormônio é responsável pelo início do fluxo de leite materno, além de proporciona a sensação de satisfação, calma e alegria contribuindo para que a mãe fortaleça o vínculo afetivo com seu filho.