Jerusalém, Tel Aviv, Mar Morto e a região da Galileia já fazem parte do roteiro de quem viaja para Israel, mas há ainda mais lugares incríveis para conhecer na Terra Santa. Confira!

Um roteiro por uma Israel diferente e menos conhecida

Viajar por Israel é tomar um banho de imersão em milhares de anos de história inesquecíveis. Para deixar sua viagem ainda mais completa, aí vão quatro pitacos de destinos diferentes que valem a visita!

Akko 

Banhada pelo mar Mediterrâneo, Akko figura a lista de patrimônios da UNESCO desde 2001 graças à sua história milenar. Por suas ruelas fáceis de se perder, passaram diversos povos desde os cruzados e os otomanos até Napoleão Bonaparte.

Muralhas, antigas fortalezas e passagens subterrâneas, ajudam a preservar o passado dessa cidade que guarda uma das mesquitas mais importantes de Israel(acredita-se que ali estão alguns fios da barba de Maomé) e um monastério cristão da ordem de monges hospitalários (que construíram um grande espaço para receber os peregrinos que vinham da Europa), além de banhos turcos e salões erguidos por cavalheiros templários

Hoje ela é um reduto de pescadores, tem um pequeno mercado popular peculiar e vê o turismo crescer a cada ano graças ao seu legado histórico bem preservado.

Haifa

Terceira maior cidade de Israel, Haifa também é conhecida por ser um grande centro de convergência de diferentes religiões, além de ser um importante espaço de arte e tecnologia. Seu grande porto é usado como ponto de parada de cruzeiros, sendo fácil chegar até lá numa rápida travessia de barco saindo de Akko.

Haifa também ficou muito conhecida por ser o Centro Mundial da fé Bahá’í, uma religião que tem mais de 6 milhões de adeptos pelo mundo e que está presente no Brasil desde 1921. De um modo geral, eles acreditam que todas as religiões emanam de uma mesma fonte espiritual e compartilham do mesmo Deus.

Perto dos imensos jardins Bahá’í, fica a Igreja Carmelita dedicada ao profeta Elias, de onde surgiram os primeiros escapulários. Na cidade, ainda é possível encontrar a Igreja Santa Maria, da paróquia dos gregos ortodoxos e a única comunidade muçulmana Ahmadiyya, um movimento religioso que busca pela paz entre as nações.

Entre bairros modernos e tradições religiosas, Haifa também é o lar de uma grande comunidade de imigrantes alemães e de árabes, tanto muçulmanos, quanto cristãos. É esse mix de culturas que torna o destino ainda mais cativante

Safed (ou Zfat)

Safed é considerada uma cidade mística e uma das quatro localidades mais importantes para o judaísmo. Desde os idos de 1600, ela é considerada um centro espiritual e até hoje é o principal centro da cabala no mundo.

Muitos acreditam que a cabala é o equivalente à física quântica do judaísmo por ser um estudo extremamente complexo.  A base dessa tradição importante foi concebida entre as mesquitas de Safed que podem ser visitadas pelos turistas que passam pela cidade.

Uma curiosidade importante: o azul, segundo a cabala, é a cor da proteção, por isso, encontramos vários detalhes pintados nessa cor.

Ela também é muito conhecida pelo trabalho de seus artesãos e um passeio pelo bairro dos artistas, antes chamado de bairro árabe, é uma festa aos olhos, tamanha a quantidade de itens que seguem as tradições ancestrais e preservam sua cultura única até hoje. Safed é, sem dúvidas, uma cidade para ser percebida nos detalhes.

(Safed é a cidade mais alta da Galileia. Como geralmente pensamos na região seguindo alguns passos do cristianismo, achei legal incluí-la na lista trazendo uma outra perspectiva).

Massada

“Um cenário impressionante” talvez seja a melhor definição para Massada.

Da janela do teleférico, somos tomados por aquela sensação de pequenez diante da imensidão de Massada e da história também milenar deste outro patrimônio importante de Israel.

As ruínas de Massada ficam no alto de uma montanha no meio do deserto, cujo horizonte chega a tocar a face oriental do Mar Morto. Para quem gosta de arqueologia, esse é um passeio singular, tendo em vista que a fortaleza foi construída no ano 30 a.c. pelo excêntrico rei Herodes.

Essa enorme fortificação foi palco de uma grande batalha do povo judeu contra o império romano no ano de 68 a.c. Dá pra imaginar como deve ter sido intenso a tomada de Massada há mais de 2 mil anos?

Para os mais corajosos, Massada pode ser acessada pela trilha chamada “rota da serpente” ou de bondinho para quem preferir fugir do sol escaldante do deserto.

E agora, já sabe por onde passar?