Fãs do storm tourism fogem da alta temporada a favor de vivenciar fenômenos embasbacantes da natureza

É fã do ecoturismo e gosta de encarar uma aventura? Que tal levar a coisa a um outro nível, se instalar em áreas remotas do mundo e encarar a força das intempéries? Se você acha que sol e brisa fresca é um plano meio monótono de viagem ou viu O Regresso e pensou que o Leonardo DiCaprio, apesar dos pesares (e animais selvagens), bolou um itinerário imperdível, talvez se interesse por esses destinos bem fora do óbvio.

&BEYOND SOSSUSVLEI DESERT LODGE (NAMÍBIA)
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Vamos começar com algo um pouco mais calmo. O &Beyond Sossusvlei Desert Lodge é desses hotéis que abordam ecoturismo como uma escapada tranquila da rotina. Você pode ficar hospedado em uma suíte espaçosa com vista para um vasto mar de dunas e rochas, assistir o céu estrelado do seu quarto ou através de um observatório instalado nas dependências e até curtir um passeio de balão pela manhã.

Mas as zonas desérticas da Namíbia são conhecidas por tempestades de areia colossais. Relatos de viajantes oferecem vislumbres como nuvens de areia capazes de arrancar a pintura de um veículo – embora eventos dessa magnitude na real sejam muito raros. Essas tempestades tendem a ocorrer mais para agosto, e o &Beyond Sossusvlei Desert Lodge pode providenciar uma bela e confortável vista da potência da natureza.

STORM CHASING ADVENTURE TOURS (EUA)
ELBERT COUNTY, CO - MAY 8: Support scientist Tim Marshall, a 40 year veteran of storm chasing, relaxes in the tornado scout vehicle during the last storm of their day, May 8, 2017 in Elbert County outside of Limon, Colorado. With funding from the National (Foto: Getty Images)

A imagem de caçadores de tempestades perseguindo enormes tornados em suas picapes é algo que devemos muito ao filme Twister, de 1996, e aos inúmeros comerciais de 4×4 que se inspiraram no longa. Você pode ter uma experiência similar se for programar uma viagem para o meio oeste americano entre os meses de maio e junho.

Companhias como a Storm Chasing Adventure Tours ajudam turistas a buscar essas aventuras. A empresa organiza viagens de 6 a 10 dias por diversos estados da região em veículos equipadores com aparato de monitoramento. Geralmente um dia de caça a tornados começa mais para a tarde, depois de um almoço em um restaurante bacana a caminho da área onde o tornado talvez apareça. Daí o time faz um passeio de carro pelo perímetro, definido por especialistas que passaram a manhã investigando sinais na tentativa de prever onde o tornado vai surgir. À noite, é possível ver as temíveis descargas elétricas da tempestade varrerem as nuvens.

É uma ciência imprecisa, e um lance que exige paciência – apenas 20 a 30% desses tours acabam com um vislumbre de tornados. Mas na pior (ou melhor) das hipóteses as vistas das planícies selvagens americanas fazem valer a pena.

WICKANINNISH INN (CANADÁ)
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Localizada em Tofino, na Colúmbia Britância, o Wickaninnish Inn fica instalado em uma costa particularmente interessante: a orla dá para um pedaço do Oceano Pacífico que é interrompido apenas pelo Japão. Isso significa que as forças oceânicas têm um espaço tremendo para se desenvolverem antes de estourarem na costa. Ventanias épicas e ondas gigantes, portanto, são parte normal de sua estadia lá.

Todo quarto, além de dar vista para o mar, oferece um kit de euipamento para encarar a chuva – galochas podem ser pedidas na recepção. Tudo para quem quiser aproveitar o clima em primeira mão. O hotel fica entrincheirado entre o mar, rochedos e coníferas, formando um ambiente ideal para quem quer algo bem diferente da selva de pedra. Se é aventura que você procura, tente se programar para estar lá durante o inverno para ver as maiores tempestades do ano.

KIMBERLEY COASTAL CAMP (AUSTRÁLIA)
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Kimberley, na Austrália, é outro dos destinos que atraem fãs do clima extremo. E se além disso você procura fugir para o canto mais remoto possível, o Kimberley Coastal Camp é uma excelente opção. Preocupada com impactar o mínimo possível o ambiente das estepes vizinhas, a equipe do hotel limita a ocupação a 16 hóspedes por vez e garante que dá para chegar ao local apenas de helicóptero ou barco.

Uma vez lá dá para curtir uma prainha super exclusiva ou aproveitar as cavernas da região, adornadas por pinturas rupestres. Para admirar nuvens gigantes e relâmpagos explosivos durante grandes tempestades, vale visitar a região durante a época das chuvas entre junho e setembro, embora o planejamento tenha que ser preciso: por ar ou água o acesso pode ser mais dificultoso que o normal.

Fonte: GQ / Globo