Desconforto, dor de cabeça, cansaço, irritação nos olhos e até o estrabismo entram na lista dos prejuízos aos consumidores

A oferta de óculos de grau e de sol, por um custo baixo e mais acessível, tem sido cada vez mais frequente no comércio informal. Fabricados sem a prescrição oftalmológica e sem os fatores de combate aos raios ultravioletas, as lentes falsificadas podem comprometer a saúde ocular dos usuários, além de agravar diagnósticos de pacientes em tratamento.

Desconforto, dor de cabeça, cansaço, irritação nos olhos e até o estrabismo entram na lista dos prejuízos aos consumidores que fazem o uso dos óculos de grau sem passar em consulta com oftalmologista. Esses sintomas geralmente afetam aqueles acima dos 40 anos de idade, com presbiopia (vista cansada), que recorrem aos óculos de rua mais baratos para auxiliar na leitura de perto.

Já as lentes escuras, sem a proteção adequada, podem resultar no desenvolvimento de doenças como a catarata e pterígio. “Se as lentes não tiverem a proteção adequada, serão incapazes de proteger os olhos da radiação solar, já que o escuro estimula a dilatação da pupila para absorver a entrada de luz”, explica o oftalmologista da Oftalmed, Celso Boianovsky.

O especialista lembra ainda que a catarata induz progressivamente à perda da visão podendo levar até mesmo a cegueira, enquanto o pterígio induz ao astigmatismo, baixa de visão, além de irritação crônica, ardência, vermelhidão dos olhos. “Em ambos os casos, o paciente se submete a cirurgias”, acrescenta.

Ainda de acordo com Boianovsky, pacientes que compram os óculos falsificados sem passar no consultório médico perdem a chance de ter uma avaliação completa de possíveis problemas de vista. “Pular essa etapa é o maior erro. Há doenças que não apresentam sintomas, como o glaucoma por exemplo, que só pode ser prevenida após medir a pressão do olho.

Os diabéticos também precisam se atentar porque estão propensos a desenvolver uma doença no fundo do olho chamada retinopatia diabética – descoberta após a realização de exame específico, o mapeamento de retina. ‘Mas se o paciente compra os óculos no camelô, ele não chega até o médico, ele não faz o diagnóstico, a baixa de visão pode evoluir e se tornar intratável”, explica o especialista.

Por isso, para evitar que o barato saia caro – com prejuízos a curto, médio e longo prazos –  a forma mais segura para o tratamento de correção visual é garantir o diagnóstico preciso por meio de exames realizados na consulta oftalmológica. Com a receita médica em mãos, orienta Boianovsky, os pacientes devem procurar óticas estabelecidas. “Óculos feitos por um bom profissional não apresentarão nenhum tipo de problema. Para os óculos escuros, a dica é checar se contêm os selos indicativos de proteção dos raios UVs”, finaliza.

Fonte: Divulgação