NutriCoaching propõe alternativas para se deliciar com umas das iguarias mais apreciadas no mundo, sem culpa e peso na consciência

Uma das épocas mais gostosas do ano está chegando e, com ela, o alto consumo de chocolate, que quase triplica durante a Páscoa. Fica, sempre a dúvida: o produto faz mal à saúde? A nutricionista consultora da NutriCoaching, Mariana Olival, esclarece: “Não existe, concretamente, esse conceito de “alimento que faz bem à saúde” e “alimento que faz mal à saúde”. Todos os alimentos têm, em sua composição, substâncias que podem melhorar ou prejudicar a saúde. No caso do chocolate, um bom exemplo é o açúcar, que consumido em grande quantidade, causará prejuízo à saúde em contraposição à cafeína, que pode ser benéfica para alguns pacientes. Então, o segredo é a quantidade ingerida e a individualidade de cada um”.

Segundo ela, não existe uma recomendação na literatura, inclusive essa quantidade varia de acordo com o tipo de chocolate, com cada indivíduo e com o objetivo de cada um.

Mas como escolher o melhor chocolate? Para a especialista, o critério será sempre o que tiver menos açúcar em sua composição e menos “ingredientes” no seu rótulo. “Quanto mais nomes contiver a lista de ingredientes no rótulo, pior a qualidade do produto. Isso serve para tudo, inclusive o chocolate”, complementa.

A composição calórica de 300g de chocolate amargo, branco e ao leite, varia muito de produto para produto, mas, em média, é: Chocolate amargo (85%): 1575Kcal; Chocolate ao leite: 6606Kcal; e Chocolate branco: 7128Kcal.

Mas chocolate vicia? Para o coach e diretor da NutriCoaching, Lucas Gallerani, este conceito de vício em alimentos é bastante controverso no meio nutricional. Uma vertente afirma que, quimicamente, é impossível comparar o efeito causado pelo alimento ao termo “vicioso” utilizado para as substâncias químicas que causam dependência. Defendem, ao invés, um possível vício no ato de comer (que gera prazer) naquelas pessoas que comem de forma “emocional”, ou seja, descontam emoções com as quais não conseguem lidar em alimentos. Porém, uma segunda vertente, afirma que alguns produtos (como açúcar refinado e o glutamato monossódico) são capazes de causar dependência em seres humanos pelo efeito de excitação (relativamente rápido) que promovem no cérebro. “Isso aconteceria por causa da liberação de hormônios que dão sensação de felicidade (como a serotonina) e pelo rápido aumento de energia disponível (na forma de glicose, por causa do açúcar ingerido)”, afirma.

O que presentear na Páscoa

A forma mais saudável de presentear alguém na Páscoa, para Mariana Olival, é com amor e atenção. Mas, em termos de chocolate, optar pelos ovos caseiros ou aqueles que tiverem a menor quantidade de açúcar é o melhor caminho. “Mas sem excesso de preocupações, é preciso lembrar que não é um chocolate que vai estragar uma dieta que seja bem equilibrada”, complementa Lucas.

Mariana dá dicas para as mães regularem  consumo de chocolate pelo filho: “Em se tratando de crianças, a educação é sempre o mais importante! Converse com seu filho sobre o real sentido da Páscoa e presenteie com amor e diversão. Evite levar a criança ao supermercado nesse período, pois as estratégias usadas atingem as crianças de forma muito intensa. É legal também conversar com a família, para que a criança não ganhe uma variedade tão grande de ovos de Páscoa. No lugar, que tal todos marcarem um piquenique ou alguma atividade divertida juntos?”, propõe a nutricionista.

Prazer

O chocolate está associado à sensação de prazer por causa da liberação de alguns hormônios relacionados ao prazer (como a serotonina) e também pela disposição rápida de glicose (advinda do açúcar) na corrente sanguínea tanto para o cérebro quanto para os outros sistemas, causando uma sensação de mais energia.

Chocolates dietéticos são recomendados apenas para pessoas com diabetes. A única diferença do deste produto, segundo a nutricionista, é que ele não possui açúcar na sua composição, porém, para compensar o sabor, substâncias químicas (como adoçantes e outros) são utilizadas, sendo que podem ser prejudiciais à saúde. Além disso, muitas vezes esse tipo de produto tem quantidade de calorias igual ou superior aos produtos convencionais.

Botando a mão na massa

Fazer o próprio ovo de chocolate pode ser uma boa alternativa, mas comer com moderação é o mais importante. Uma receita simples para ser feita utiliza 200g de chocolate 70% cacau, 3 colheres de sopa de cacau em pó e pasta de amendoim integral. “Derreta o chocolate em banho maria e quando ele estiver completamente derretido, acrescente e misture as 3 colhes de sopa de cacau em pó (dessa maneira o chocolate aumentará a proporção de cacau). Cubra uma forminha de 200g de ovo de páscoa com o chocolate e leve à geladeira por 10 minutos. Após esse tempo, retire da geladeira, coloque o recheio de pasta de amendoim e cubra o ovo com o restante do chocolate. Leve novamente à geladeira por mais 10 minutos”, ensina Mariana Olival.

Consumo excessivo

Mas o consumo excessivo de chocolate pode comprometer a dieta e aumentar o peso? Segundo a nutricionista, se a dieta for equilibrada no dia a dia, não há com que se preocupar. O importante sobre alimentação é ter sempre uma visão macro, ou seja, no geral, sua alimentação deve ser boa. Qualquer exagero (seja no chocolate ou na preocupação em não comer) trará malefícios para a sua saúde!”, finaliza.

Fonte: Divulgação