Quadro pode se tornar irreversível se não for tratado precocemente

O estrabismo – doença em que os olhos perdem seu alinhamento, popularmente conhecida como “olhar vesgo” – atinge de 2 a 4% das crianças brasileiras na primeira infância, segundo dados do IGBE. A especialista da Oftalmed Luciana Dias alerta os pais e os responsáveis sobre a importância de levar os pequenos ao consultório médico até os 8 anos – período do desenvolvimento funcional da visão.

Por ser uma doença que não apresenta sintomas, a criança não vai se queixar de dores ou incômodos. “Se não for tratado no período em que a visão infantil está em desenvolvimento, o quadro pode se tornar irreversível seguido de baixa visual. Os pais que notarem o olhar dos filhos em direção distinta, devem levá-lo o quanto antes ao consultório médico”, alerta Luciana.

A maioria das patologias visuais, a exemplo do estrabismo, pode ser diagnosticada a partir dos seis primeiros meses de vida. Além de atrapalhar as crianças a enxergarem, o estrabismo causa perda da visão binocular e visão tridimensional. Aliado a esses fatores, está o convívio social. Crianças estrábicas sofrem bullying e podem ser motivos de apelidos indesejados por conta da aparência do “olho vesgo”.

“Por isso, quanto mais cedo o estrabismo for diagnosticado, maiores serão as chances de correção. A adaptação pode ser feita por meio do uso contínuo de óculos, tampões, colírios ou por microcirurgias minimamente invasivas”, reforça a especialista da Oftalmed.

O “desalinhamento dos olhos”, de acordo com o Centro Brasileiro de Estrabismo, pode ser classificado em:

Convergente ou esotropia – quando o olho é voltado para dentro, ou seja, para o nariz;

Divergente ou exotropia – quando o olho é voltado para fora, ou seja, para a orelha;

Estrabismo vertical ou hipertropia – quando o olho é voltado para cima, para testa, ou para baixo, para o lado das bochechas;

Alternante – quando o desvio alterna-se de um olho para o outro

Intermitente – quando há variação de alinhamento e desvio (ora com desvio, ora sem desvio), ocorrendo com mais frequência nos estrábicos divergentes.

Fonte: Divulgação