A Bélgica é uma escala irresistível para quem faz aquelas contas de quantos-países-dá-para-fazer-numa-mesma-viagem. Basta uma paradinha em Bruxelas ou Bruges, seja num esquema bate-volta desde Paris, seja num pit-stop entre Paris e Amsterdã, e voilà: está acrescentado um país.
Mas claro que existem maneiras menos The Flash de visitar o país. A Bélgica pode ser diminuta, mas tem muito a oferecer — e não falo só de cerveja, mexilhões, batata frita e chocolate.
Escolha sua base
Como tudo é muito perto, qualquer das cidades principais serve como base para bate-voltas. Bruxelas está a meia hora de trem de Ghent, uma hora de Bruges e 50 minutos de Antuérpia (e a 1h50 de Colônia, na Alemanha). Bruges está a meia hora de Ghent, a uma hora de Bruxelas e a 1h20 de Antuérpia. E Ghent está a meia hora de Bruges e de Bruxelas, e a 50 minutos de Antuérpia.
Ghent como base
Qual a base mais prática? É… Ghent! Uma cidade quase tão fofa quanto Bruges, só que com mais vida própria (é maiorzinha e tem uma comunidade de estudantes, o que garante noites mais animadas). Dá para passear nas outras cidades de dia e voltar para aproveitar a noite numa cidadezinha perfeitamente caminhável (e cortada por canais). Há bons hotéis próximos à estação de trem, como o Expo 13, o Astoria e o NH Sint Peters. No miolo do centro histórico, cacife o charmoso Sandton Grand Hotel Reylof, economize no moderninho Limited Co. — ou não tenha surpresas no bem-localizado Ibis Centrum Opera.
Bruxelas como base
Em Bruxelas, evite o entorno da estação Bruxelles-Midi (ou Brussel-Zuid), onde param os trens de alta velocidade Eurostar e Thalys. Há hotéis bons e novos na vizinhança, mas a região morre à noite. A sua passagem dá direito a seguir viagem de trem local à estação Central, que fica a três minutos da Grand’Place, a praça mais linda da Europa e o coração turístico de Bruxelas. Há vários bons hotéis entre a estação e a Grand’Place, como o Sandton Brussels Centre, o Ibis Brussels Off Grand’Place, o Novotel Brussels Off Grand’Place e o Best Western Carrefour de l’Europe. Ainda no centro histórico, o estiloso Radisson Blu Royal oferece um contraste moderno bacana.
Querendo se hospedar numa parte menos turística da cidade, considere o eixo da Avenue Louise, que divide a área eminentemente residencial de Ixelles da boemia de St.-Gilles. Por ali, considere o colorido Hotel Pantone, o divertido Vintage, o aconchegante Neufchatel e o minimalista Ibis Styles Louise (antigo White).
Bruges como base
Bruges
Em Bruges, leve em conta que a estação fica fora do centro histórico. Colado à estação existe um Ibis Budget (antigo Etap). Hotéis com boa relação custo x charme x benefício perto dos canais: Malleberg, Biskajer, Marcel, Boterhuis.
Fonte: Viaje na Viagem