Doença pode atingir até 20% da população jovem do Brasil

Abril é o mês de conscientização sobre o câncer de testículo, cuja companha é simbolizada pelo laço lilás. Esse tumor corresponde a 5% dos casos de câncer em homens e costuma se concentrar em jovens com idades ente 15 e 35 anos. De acordo com estudos oncológicos, se os testículos não descerem para a bolsa escrotal na infância, ou se houver ocorrência de hérnia inguinal, os riscos para a doença crescem de 5% a 20%.

Assim como o autoexame da mama, existe o de testículos, que é de fundamental importância para a detecção de nódulos e tumores em estágio inicial. Especialistas recomendam que todos os meses, após um banho quente – que relaxa a bolsa escrotal e facilita a observação de anomalias – o homem se posicione de pé, em frente ao espelho e verifique se há aumento, redução ou enrijecimento dos testículos. Além disso, é necessário checar se há a sensação de peso, dor ou desconforto na bolsa escrotal.

De acordo com o oncologista de Centro de Câncer de Brasília (Cettro), dr. Murilo Buso, o ideal, além do autoexame, é que os homens se consultem periodicamente com um urologista. “O especialista terá condição de detectar anormalidades e encaminha o paciente a um oncologista, se necessário. É importante saber que o câncer de testículo é agressivo, mas tem elevados índices de cura quando diagnosticado precocemente”, explica.

Quando a doença é diagnosticada, ocorre a retirada do testículo, o que não afeta a função sexual reprodutiva do paciente, desde que o outro testículo esteja saudável. Dessa forma, o tratamento posterior à cirurgia pode incluir quimioterapia, radioterapia ou apenas controle clínico, de acordo com cada caso.

Fonte: Divulgação