Com capacidade de trazer possibilidades de novas leituras dos espaços arquitetônicos, um bom projeto luminotécnico depende da expertise dos profissionais envolvidos
Cada vez mais utilizada na Arquitetura, especialmente em decoração de interiores, a iluminação é aspecto fundamental para agregar beleza e bem-estar aos ambientes, sejam eles residenciais ou comerciais. Mas para que bons resultados sejam alcançados, é necessário investir na qualidade do projeto luminotécnico, que deve ser desenvolvido por profissionais especializados na área.
Um bom projeto de iluminação tem a capacidade de trazer possibilidades de novas leituras dos espaços arquitetônicos. A luz é capaz de tornar um ambiente mais seguro e funcional, ou até mais bonito por meio do destaque que dá para seus pontos fortes. Ela pode ainda recortar ou conectar ambientes, definir hierarquia espacial e definir fluxos. “Para isso, é importante que o arquiteto saiba, por exemplo, harmonizar muito bem a luz artificial com a luz natural. As duas juntas são capazes de transmitir uma mensagem de bem-estar a quem frequentar o ambiente, sendo este um quarto ou uma sala, um bar ou um restaurante”, ressalta a arquiteta Elisa Fraga, da GUEL Arquitetos.
Portanto, além de entender sobre iluminação natural e artificial, o projetista precisa compreender que a utilização da luz também envolve variados aspectos das Ciências Humanas, como Fisiologia, Psicologia e Arte. Esse entendimento é essencial para que se chegue aos efeitos comportamentais e cênicos pretendidos em um projeto, consideram os diversos momentos do dia-a-dia.
Em um estabelecimento comercial em que os proprietários queiram destacar seus produtos, por exemplo, o projeto luminotécnico deve propor alternativas eficazes para chamar a atenção dos clientes. “Os donos da Backerei, uma padaria gourmet, nos pediram para criar um ambiente que transpassasse a supremacia de suas mercadorias para os consumidores. E o projeto luminotécnico foi primordial para alcançarmos os resultados esperados”, comenta Guilherme Bussamra, arquiteto e sócio da GUEL Arquitetos.
“Então, além da arquitetura de linguagem minimalista, trabalhamos a questão da iluminação com profundidade, destacamos os produtos nos nichos de exposição, utilizamos luz especial nas vitrines de doce. Na área externa, aplicamos iluminação convidativa para que os clientes permaneçam bastante tempo nas mesas”, explica o profissional.
Percebe-se, assim, que é preciso cuidado e atenção para pensar em possibilidades e soluções eficientes. Buscar se familiarizar com o usuário que será inserido naquele ambiente, para trabalhar dentro da realidade local, é outro aspecto importante. Isso sem esquecer da adequação do projeto ao orçamento do cliente, para que ele possa ser realizado de forma integral.
Ainda sobre a questão orçamentária e econômica de um projeto luminotécnico, o gasto mínimo de energia após sua conclusão também deve ser considerado. “Temos que frisar também um dos pontos mais importantes do projeto de iluminação: ele pode contribuir intensamente para a economia de energia depois do investimento inicial no projeto, nas lâmpadas e instalações corretas”, pontua Elisa.
Oito dicas para um bom projeto de iluminação:
1- Contrate um profissional especialista na área;
2- Antes que seu profissional comece o projeto, exponha suas necessidades e a sua rotina, para que ele saiba como adequar o projeto a isso;
3 – Inicie o projeto antes do momento da construção, para evitar trabalhos desnecessários e gastos excedentes;
4 – Se puder, invista em automação;
5 – Sempre que possível, peça para seu profissional agregar a luz natural ao projeto, para que este seja mais sustentável;
6 – Observe se o projeto de iluminação está alinhado e compatibilizado com o projeto de instalações elétricas, pois um depende do outro;
7 – Siga sempre as especificações do projeto de Arquitetura, pois ele vai influenciar diretamente no seu projeto de iluminação;
8 – Confie no profissional que escolheu para contratar, e siga as suas sugestões. No final, tudo ficará mais harmônico.
Fonte: Divulgação