A vitamina D, também conhecida como calcitriol, é um hormônio esteroide solúvel em gordura fundamental para o equilíbrio de diferentes órgãos e tem mais de 80 funções no organismo. Ela é responsável por regular a absorção de cálcio e fósforo, atua no sistema imunológico, mantém o funcionamento do cérebro e fortalece ossos e músculos, prevenindo a osteoporose. Sua ausência pode proporcionar uma série de problemas para a fertilidade e a gestação.

A atuação da vitamina D no sistema imunológico evita que o organismo da gestante reaja combatendo a implantação do embrião, seja por tratamento de fertilização in vitro ou pela gravidez espontânea e, consequentemente, tenha abortos. Já nos homens, as pesquisas revelam que a vitamina D melhora a qualidade dos espermatozoides e regula a quantidade de testosterona.

A deficiência desta vitamina durante a gravidez também pode estar relacionada a aumento da incidência de diabetes gestacional, pré-eclâmpsia e parto prematuro. “Apesar de existirem poucos estudos com um grande número de pacientes,  o que não nos permite afirmar que a suplementação da vitamina D garante segurança à gestante, nós sabemos da sua importância científica e indicamos a suplementação de vitamina D durante o tratamento para a infertilidade e durante a gestação”, explica a ginecologista e especialista em Reprodução Humana, Dra. Taciana Fontes, da clínica Bonvena.

A vitamina D está envolvida no metabolismo de todo o aparelho reprodutor feminino, e sua concentração inadequada pode estar relacionada à distúrbios de infertilidade como: anovulação crônica (Síndrome dos Ovários Policísticos), endometriose, miomatose uterina (miomas), baixa qualidade dos óvulos e falhas de implantação do embrião, alterando os resultados do tratamento de fertilização in vitro.

O corpo produz a vitamina D a partir do colesterol. Quando a pele é exposta à luz solar, o colesterol é convertido na vitamina D.

Além de problemas gerados para a fertilidade e gravidez, a carência de vitamina D no organismo pode causar um aumento no risco de doenças crônicas ou infecciosas, dores musculares, ósseas ou lombar, cansaço, depressão, queda de cabelo e retardo na cicatrização após uma cirurgia (dentre elas a cesariana).

Evitar o sol em horários adequados, expor-se com excesso de protetor solar e estar acima do peso podem ser alguns fatores de risco para a deficiência da vitamina D. Além da exposição moderada ao sol e a ingestão de suplementos vitamínicos,  alimentos como sardinha, salmão, leite, ovos e iogurte são fontes de vitamina D.