A alergia na pele pode causar coceira, erupções e crostas

A dermatite atópica é mais comumente encontrada em regiões de dobras dos braços e na parte de trás dos joelhos. Porém, não é uma doença contagiosa. Em sua grande maioria, as lesões apresentam bastante prurido (coceira). A dermatite pode vir acompanhada de asma ou rinite alérgica, porém com manifestação clínica que se varia.

A doença pode ser dividida em três estágios: fase infantil (3 meses a 2 anos de idade), fase pré-puberal (2 a 12 anos) e a fase adulta (a partir de 12 anos de idade). Em sua grande maioria, apenas 10% dos casos evoluem da fase infantil para a idade adulta. Para prevenir as recorrências, é necessário “envelopar” a pele, com a utilização de cremes hidratantes, além de outros cosméticos que forem receitados pelo seu dermatologista.

O médico dermatologista Dr. Luciano Morgado explica que a doença tem uma causa fundamentalmente genética, mas pode ser agravada ou desencadeada através de alguns fatores de risco, como: alergia a mofo, pólen, ácaros, fragrâncias ou temperos e até mesmo a produtos de limpeza com odor forte. A pessoa diagnosticada precisa mudar alguns hábitos. “Banhos rápidos, mornos, com pouco sabonete e sem bucha são algumas medidas para minimizar os sintomas. A pele precisa estar sempre hidratada para minimizar as crises”.

Em casos onde a coceira é frequente, a pele pode apresentar sinais de escoriação e pequenas crostas sobre as lesões, decorrente da ruptura da pele pela coçadura.  Também pode ocorrer uma infecção secundária à doença, com o surgimento de pústulas (bolhas de pus) ou nódulos dolorosos.

O tratamento da dermatite atópica, tem como principal objetivo o controle da coceira, redução da inflamação da pele e a prevenção das recorrências. “Orientamos que os pacientes utilizem hidratantes várias vezes ao dia, ou quando a pele estiver ressecada para minimizar os sintomas e prevenir as recaídas”, destaca. Em casos mais graves, diversos medicamentos podem ser utilizados, desde corticoides tópicos, corticoides sistêmicos e também novos medicamentos, como os imunomoduladores tópicos e sistêmicos.

Fonte: Divulgação