O blog “Vontade de viajar” listou o que fazer quando viajar para Moscou
Moscou é uma cidade surpreendente – muito mais bonita do que eu poderia imaginar e com muitas coisas interessantes para ver e fazer! Conhecemos lugares lindos, museus interessantes, bons restaurantes, e ficamos fascinados por toda a história da Rússia.
Começamos pelo roteiro básico, partindo do Kremlin e da Praça Vermelha, e ao longo de 6 dias na cidade fomos descobrindo programas um pouco mais diferentes, que renderam grandes experiências de viagem
Se você está pensando em viajar para a Rússia, vem comigo nessas dicas de o que fazer em Moscou – aposto que você não vai se arrepender!
1. Catedral de São Basílio
Essa igreja que parece ter sido criada por um confeiteiro, e não por um arquiteto, é a grande estrela da Praça Vermelha e o ponto de partida no roteiro de todo viajante que chega em Moscou.
Além de ser absolutamente linda e fotogênica, é um lugar que vale conhecer por dentro, pois esse tipo de igreja russa é bem diferente do que a gente está acostumado a ver no Brasil e na maior parte da Europa.
2. Toda a Praça Vermelha
Além da famosa catedral, a Praça Vermelha tem vários outros pontos de interesse. Em qualquer direção que você olhe, ela te surpreende com uma construção mais incrível que a outra. Parece um cenário! O nome da praça em russo é Krasnaya, palavra que pode ser traduzida como “vermelha”, mas também significa “linda” e conota felicidade.
Além das muralhas do Kremlin, os dois maiores prédios são o Museu Histórico Nacional, com sua impressionante fachada vermelha, e o GUM, que era uma loja de departamento estatal no período soviético e hoje é um shopping de grifes, com arquitetura de ares parisienses. Completam a praça o Mausoléu de Lênin e a bela Catedral de Kazan.
Vale muito a pena voltar à praça também à noite, para ver toda aquela arquitetura iluminada. Um visual muito bonito!
3. Kremlin: a sede do poder da Rússia
Ao lado da Praça Vermelha fica o Kremlin, antiga fortaleza militar que é sede do governo russo. Para visitar o complexo do Kremlin, há alguns ingressos separados: os principais são para a Câmara de Armas (700 rublos) e para o Complexo Arquitetônico das Catedrais (500 rublos).
A Câmara de Armas reúne em seu acervo os tesouros dos czares russos, como joias, coroas, presentes diplomáticos e os prestigiados Ovos Fabergé.
Já o Complexo das Catedrais tem uma meia dúzia de igrejas construídas ao longo dos séculos, como a Catedral da Anunciação, a Catedral da Assunção e a Catedral do Arcanjo Miguel, além do Campanário de Ivã, o Grande.
Também impressionam os canhões históricos nos pátios e o enorme Sino do Czar, com 6 metros de altura e mais de 200 toneladas!
4. Passeio de barco
Um clássico no roteiro são os passeios de barco pelo Rio Moscou. Como há muitos prédios grandes e com arquitetura singular, a cidade fica linda vista do rio! Há vários pequenos píeres na região central, com passeios de barco que fazem diferentes trajetos. As opções giram em torno de 2h de duração, com preços a partir de 600 rublos.
Um dos mais bonitos e tradicionais é o Radisson Cruise, que tem cruzeiros à noite com restaurante a bordo, com preços de 750 a 1600 rublos, dependendo da classe escolhida. O embarque é no píer em frente ao Hotel Ukraina, que assim como a Universidade Estatal de Moscou, é um dos prédios da década de 50 conhecidos como “Arranha-céus de Stalin” ou as “Sete Irmãs” (vale entrar para espiar o lobby!).
5. Estações de metrô: palácios do povo
As estações do metrô de Moscou impressionam pela arquitetura! Construídas com luxo, para serem “palácios do povo”, muitas se mantêm exatamente como eram na época da URSS – com estrelas vermelhas, símbolos de propaganda e celebração militar.
Andar de metrô em Moscou significa passear pela história do país – em cada estação há homenagens a grandes personalidades russas, como Dostoiévski e Yuri Gagarin, e a grandes eventos da história, como a relação com a Ucrânia durante o período soviético. O metrô é o melhor jeito de circular pela cidade, e certamente uma atração em si!
6. Comidas típicas da URSS
Se você é amante de gastronomia, aproveita a viagem para conhecer a culinária da antiga União Soviética. Arrisque entrar nos restaurantes de comida ucraniana, armena, georgiana e por aí vai! Tem alguns pratos clássicos já conhecidos dos brasileiros, como o Strogonoff, a salada russa, o frango Kiev e o Goulash, mas também vale experimentar pratos que você nunca ouviu falar 🙂
7. Museus de arte em Moscou
Moscou tem museus riquíssimos, como a Galeria Tretyakov e o Museu Pushkin de Belas Artes. São museus grandes e com muita coisa para ver – não vão agradar a qualquer um, mas quem gosta de arte pode se surpreender!
Enquanto o Museu Pushkin tem arte egípcia, grega e pinturas europeias em geral – Rembrandt, Cézanne, Picasso etc. – a Galeria Tretyakovfoca na arte nacional e exibe a maior coleção de pintura russa do mundo.
E sua filial Nova Tretyakov, mais voltada para a arte moderna, exibe pintores russos como Kandinsky, Chagall, Malevich e Popova. Dica: a Nova Tretyakov tem entrada grátis às quartas, de 10h às 18h 🙂
8. Muzeon Park of Arts
Assim como Budapeste, Moscou tem uma espécie de “cemitério de esculturas” do período comunista, com a diferença de que este fica na parte central da cidade – no jardim da Nova Tretyakov. Desde a década de 90, estátuas quebradas de Lênin e Stalin começaram a se acumular nesse parque e, aos poucos, foram ganhando a companhia de outras obras contemporâneas e hoje o parque tem quase mil esculturas.
9. Museus de história
A Rússia é um destino de enlouquecer quem é fã de história! De uma forma ou de outra, a história do império, da Revolução Russa e da Guerra Fria são o pano de fundo de todas as atrações.
Mas se você quer dar um verdadeiro mergulho, tem algumas opções: o Museu de História do Estado é o mais famoso, por ficar bem na Praça Vermelha. Mas também tem o Museu de História Contemporânea, o My History Park (um museu multimídia com unidades em várias cidades russas) e um que eu gostei de visitar: a Residência dos Romanov, onde a família aristrocrática vivia antes de governarem o império.
Espero que, com a Copa do Mundo na Rússia, os museus ganhem mais informações em outros idiomas, para facilitar o entendimento dos viajantes.
10. Bunker 42: um abrigo antiaéreo da Guerra Fria
Imagina andar pelos corredores de um abrigo antiaéreo russo do período da Guerra Fria, que por 30 anos foi totalmente secreto. Estar dentro do Bunker 42 é como estar dentro da história. Você vê de perto a sala de controle de voos, as armas do exército russo e até detalhes mais sutis sobre a vida naquela época.
É uma experiência e tanto estar de frente para o botão que poderia ter começado uma guerra nuclear e passar por uma simulação de bombardeio! Adrenalina e lição de história ao mesmo tempo!
11. Fábrica Red October: arte e fotografia
Desativada desde 2007, a antiga fábrica de chocolate Red October se transformou num espaço cultural em Moscou. É uma das poucas áreas da cidade em que um viajante encontra arte urbana com certa escala, com murais pintados em um festival de street art em 2014.
Vale dar uma volta por entre os galpões e dar um pulo no Centro de Fotografia Irmãos Lumière, que além de exposições interessantes, tem uma livraria e um bistrô bastante simpático para tomar um café com bolo.
12. Museu da Cosmonáutica: Guerra Fria
Para que servia o Sputnik? Qual era a missão de Yuri Gagarin? Como é uma nave espacial por dentro? O Museu da Cosmonáutica, em Moscou, é um lugar interessante para ver a história da corrida espacial contada pelo lado dos russos (estamos tão acostumados com os filmes americanos, né?).
O museu fica na base do Monumento aos Conquistadores do Espaço, uma escultura enorme de um foguete sendo lançado, feita de aço e titânio, com 110 metros de altura. Uma coisa impressionante, realmente grandiosa!
13. Novodevichy: cemitério dos astronautas
Quando embarcamos para Moscou, eu esperava encontrar uma cidade bem ao estilo “selva de pedra”. Mas me surpreendi com lugares como o Parque e o Convento de Novodevichy, perfeitos para um passeio delicioso ao ar livre!
O convento é lindo, e atrás dele tem um cemitério muito interessante, onde descansam grandes personalidades russas – astronaustas, cientistas, bailarinas, generais e até o presidente Boris Yeltsin. É legal dar uma volta para ver as estátuas e as decorações dos túmulos – tem até esculturas de aviões e tanques de guerra!
14. Parque Tsarytsino: história interrompida
Tsaritsyno é um parque imperial de 4 km2, onde seria construído um palácio para Catarina a Grande ao estilo de Tsarskoe Selo, em São Petersburgo. Com inúmeros pavilhões, jardins paisagísticos e uma enorme fonte iluminada, é um lugar legal para visitar em um dia de tempo bom em Moscou. No verão, o parque fica aberto o dia todo, das 6h até meia-noite!
O grandioso palácio, que hoje é um museu de história e arquitetura, foi projetado no estilo “gótico russo” no século 18, mas só ficou pronto em 2007! A primeira construção, iniciada em 1775, foi destruída depois de 10 anos de obras, porque não agradou a imperatriz. Mas a segunda tentativa acabou sendo interrompida após a morte de Catarina e levou mais 200 anos para ser retomada!
15. Museu do Arcade: fliperama soviético
Se durante a Guerra Fria o consumo de produtos americanos estava fora de cogitação na Rússia, o que será que os jovens de Moscou jogavam nos fliperamas dos anos 80?
No Museu do Arcade Soviético você não encontra Pinball, Tetris, Pac Man nem Street Fighter. A indústria russa desenvolveu seus próprios jogos, e lá você pode conhecer e jogar os games da época! É muito divertido.
16. Teatro Bolshoi: ver um ballet na Rússia
A experiência de assistir a um espetáculo de ballet era um “sonho de consumo” na nossa viagem para a Rússia! Vale a pena conhecer por dentro o belíssimo e recém-reformado Teatro Bolshoi, e se emocionar com clássicos do ballet russo como o Lago dos Cisnes, de Tchaikovsky!
Confira nossas dicas para comprar ingresso antecipado e não se esqueça de levar uma roupa social para ir em alto estilo aos teatros mais tradicionais da Rússia.
17. Graffiti brasileiro na Rússia
E foi justamente o ballet russo que inspirou o mural criado por Eduardo Kobra em Moscou! O grafiteiro paulista, que roda o mundo colorindo personagens que marcaram a história de cada lugar, escolheu Maya Plisetskaya para homenagear em sua primeira viagem à Rússia. O resultado é um dos trabalhos de street art mais bonitos que já vi!
O mural fica pertinho do Teatro Bolshoi e mostra como a Rússia está mudando seu jeito de lidar com a street art.
18. Arbat e Izmaylovo: programas turistões
Há outros pontos turísticos muito famosos, como a Rua Arbat e o Kremlin de Izmaylovo, mas que não me chamaram tanto a atenção. A Rua Arbat é uma das ruas mais antigas e prestigiadas da cidade, com construções de famílias ricas do século 18, e hoje é cheia de cafés, lojas, turistas e artistas de rua.
O Kremlin de Izmaylovo é um centro de tradições russas que reproduz a arquitetura das fortalezas da Rússia antiga. O que faz mais sucesso (especialmente nos fins de semana) é a feira de souvenirs, onde são vendidos artesanatos, vodkas e bonecas matrioskas. Fica um pouco afastado do centro – para chegar lá, desça na estação Partizanskaya.
Fonte: Vontade de viajar