Alexandre Rossi, mais conhecido pela alcunha de Dr. Pet, é o novo colunista da Casa e Jardim. Confira as dicas do especialista em comportamento animal
Projetos paisagísticos dão aquele toque especial em qualquer residência e todos na casa costumam apreciar, incluindo… nossos cães e gatos! Mas muitas espécies de plantas podem ser um risco para os pets. Conhecer as mais perigosas é muito importante para diminuir a chance de intoxicação.
Espécies realmente perigosas
• Algumas espécies de lírios (Lilium longiflorum, L. tigrinum, L. speciosum, L. auratum, L. lancifolimu): perigosas especialmente para gatos, podem causar falência renal e óbito se o animal não for tratado em tempo;
• Azaleia (Rhododendron): causa efeitos graves, como alterações cardiovasculares, podendo levar a óbito;
• Espirradeira (Nerium oleander): apesar de não ser muito apreciada por cães e gatos, animais entediados e/ou com alto nível de energia podem acabar ingerindo. Intoxicação pode causar anormalidades cardíacas;
• Sagu-de-jardim, palmeira-sagu (Cycas): pode causar danos renais e sintomas neurológicos, incluindo convulsões e coma nos casos mais graves, podendo levar a óbito;
• Mamona (Ricinus communis): seu princípio tóxico está na ricina, presente em toda a planta. Muitas pessoas utilizam torta de mamona com farinha de ossos (atrativa para os cães) como fertilizante, caso em que o risco de intoxicação é muito alto! Os sintomas mais graves podem incluir convulsões, coma e óbito;
• Kalanchoe (Kalanchoe sp): muito comum em vasos para enfeitar a casa, essa espécie de suculenta pode afetar os sistemas cardiovascular e muscular;
• Açafrão-do-prado (Colchicum autumnale): pode provocar hemorragia gastrintestinal e falência renal.
Como prevenir e o que fazer caso haja intoxicação
Direcionar os comportamentos exploratórios e destrutivos de cães e gatos (especialmente filhotes e animais jovens) para espécies que eles possam ingerir é uma boa pedida. Graminhas próprias para esses animais (de milho ou alpiste) são exemplos. Proporcionar atividades físicas que os estimulem mentalmente ajuda a evitar o tédio e a busca por coisas para fazer.
Se o pet apresentar sintomas como apatia, falta de apetite, vômitos e diarreia e caso você desconfie que ele ingeriu alguma planta, consulte o veterinário o mais rápido possível e leve a planta suspeita. Na dúvida quanto à presença de espécies tóxicas no jardim, converse com um paisagista e com um médico-veterinário.
Fonte: Revista Casa e Jardim