Para a neurologista da NeuroAnchieta, Letícia Rebello, aceitar e ajustar a vida após o problema é fundamental para a recuperação e qualidade de vida.
O dia 29 de outubro ficou definido como o Dia Mundial de Combate ao AVC. A data tem como objetivo aumentar o alerta sobre o Acidente Vascular Cerebral (AVC) e conscientizar a população a respeito dos problemas relacionados à doença. Em 2018, o foco da campanha é como se reerguer após o acidente.
Também conhecido como derrame, o AVC consiste em uma epidemia global, sendo a segunda principal causa de óbito em todo o mundo, atingindo cerca de 17 milhões de pessoas a cada ano, e a principal causa de sequela permanente.
“O AVC consiste em uma interrupção do fluxo sanguíneo de um vaso da cabeça alterando o fornecimento adequado de sangue para o cérebro. O AVC pode ser isquêmico, quando falta sangue numa determinada área do cérebro, devido ao entupimento de um vaso da cabeça, ou hemorrágico, quando um vaso sanguíneo estoura dentro do cérebro e esse sangue transborda o tecido cerebral”, alerta a neurologista da NeuroAnchieta, serviço de neurologia, neurocirurgia e controle da dor, do Grupo Anchieta, Letícia Rebello.
De acordo com informações da Rede Brasil AVC, o problema pode acontecer em qualquer um, em qualquer idade, afetando a todos: sobreviventes, familiares e amigos, ambientes de trabalho e comunidades. O reconhecimento dos sinais de alerta do AVC e o rápido tratamento de urgência em um centro especializado diminui a chance de sequelas.
Atualmente existem 80 milhões de sobreviventes e para muitos, a vida pode ser diferente. “Aceitar e ajustar suas vidas após o AVC é fundamental para a recuperação e qualidade de vida. Encontrar o seu “novo normal” não acontecerá de uma hora para outra. Com um trabalho intenso com a equipe de saúde, desenvolvendo novas rotinas e atingindo os objetivos um de cada vez, o paciente obterá o progresso desejado”, explica a especialista.
Sintomas de AVC
Os sintomas mais comuns são: dificuldade para sorrir – pode ser observada a boca torta; diminuição ou perda da força em todo um lado do corpo, braço e perna; dificuldade para falar ou para entender o que as outras pessoas falam; perda de visão parcial ou completa em um ou nos dois olhos; dor de cabeça súbita e intensa sem causa aparente, perda de equilíbrio, vertigem intensa e desequilíbrio associado a náuseas ou vômitos. Fundamental que uma vez que sejam observados esses achados o paciente deve ser encaminhado o mais rápido possível para hospital especializado no atendimento. Quanto mais rápido o atendimento e correto diagnóstico, maiores as chances de se reduzir sequelas e óbito.
Prevenção
– É imprescindível reduzir a quantidade de alimentos ricos em gordura ruim, aquela que se deposita nos vasos sanguíneos, conhecida como LDL. Em alguns casos, a dieta não é o bastante para reduzir os níveis dessas substâncias, sendo necessário o uso de medicamentos.
– Mantenha o peso saudável para a sua idade, altura e biotipo e evite o acúmulo de excesso de gordura no corpo. Procure um médico para saber qual é o seu peso ideal e o que fazer para eliminar o excesso de gordura, de forma que não prejudique a sua saúde.
– Além da dieta, uma boa forma de reduzir a pressão arterial é adotando a prática de exercícios físicos. Mas, antes de começar, faça uma avaliação médica. Também é importante evitar bebidas alcoólicas e o consumo exagerado de sódio.
– Diversos estudos mostram que o tabaco aumenta consideravelmente as chances de um acidente vascular cerebral, e as drogas ilícitas, como a cocaína, alteram drasticamente o fluxo sanguíneo no organismo, o que pode provocar um AVC.
– Mantenha todos os profissionais de saúde informados sobre as mudanças na sua condição de saúde, mudanças na sua condição de saúde, os fatores de risco e de suas preocupações. Pergunte o que você pode fazer para melhorar sua qualidade de vida e afastar ao máximo o risco de um AVC.
Fonte: Divulgação