André de Almeida, advogado e autor do livro “A Maior Ação do Mundo” – a história da ClassAction contra a Petrobras, mostra que o esporte também pode servir como aprendizado na vida profissional
Após conseguir 7º lugar no Campeonato Pan-americano de ciclismo no Chile, André de Almeida ainda competiu em dois campeonatos mundiais, um em Colorado Springs, nos Estados Unidos e outro em Atenas (Grécia) e quase foi para as Olimpíadas de Barcelona, na Espanha. O quase é devido a um acidente, alguns meses antes que o afastou das pistas e da sua bicicleta. Mas uma vez atleta, sempre atleta! Os ensinamentos e a disciplina apreendidos durante muitos anos nos velódromos e nas competições pelo mundo marcaram sua vida e permanecem na rotina profissional do advogado até hoje.
Em outras palavras, o conhecimento das pistas teve forte convergência com o mundo corporativo em que atua atualmente. De atleta profissional, André passou a trabalhar em grandes escritórios primeiro no Brasil e, tempos mais tarde, em Nova York. Com espírito empreendedor, fundou sua própria firma, o escritório Almeida Advogados – que apresentou crescimento exponencial, contando atualmente com mais de 250 profissionais e sócios espalhados por São Paulo, Rio, Brasília, Belo Horizonte e Recife.
André considera o esporte um importante elemento na socialização e na formação das pessoas, uma vez que ensina lições essenciais, úteis em todas as fases da vida, inclusive no ambiente corporativo.
Confira três lições que o esporte pode ajudar para quem deseja empreender:
- Disciplina
Os atletas possuem uma rotina planejada e metas definidas, no mundo dos negócios não pode ser diferente. André de Almeida conta que é necessário ter disciplina para os treinos, assim como para lidar com o ambiente corporativo. “A perseverança para mentalizar os desafios e superá-los terminava por compor os requisitos necessários para um atleta e profissional de alta performance, essa mesma obstinação deve ser utilizada no dia a dia do ambiente corporativo”, aconselha.
Ainda de acordo com André, o esporte foi fundamental quando estava a frente da ClassAction, processo movido por acionistas contra a Petrobras nos EUA, que gerou um acordo de reparação de US$ 2,95 bilhões, valor mais alto já pago a título indenizatório por uma empresa brasileira. “No começo, a ideia da ClassAction era revolucionária e ousada, mas os argumentos foram sendo fortalecidos e cada vez mais, com foco e disciplina, fomos mostrando como a falta de governança corporativa e más práticas de gestão da Petrobras fizeram que ela se tornasse vítima e perdesse valor de mercado”, indica Almeida.
- Criatividade
Como já afirmou Steve Jobs, “a criatividade consiste em conectar o que aprendemos no passado para criarmos algo novo”. De acordo com o autor e advogado, no mundo corporativo isso não é diferente e a criação é uma ferramenta valiosa e converge nos dois ambientes, tanto do esporte como dos negócios. “Pelo esporte tive a medida exata de como o trabalho duro e a criatividade são fundamentais para a obtenção de resultados e como a competição saudável, o controle emocional e a capacidade de lidar com a pressão são desafios inerentes para quem busca superar limites”, revela André.
- Autoconhecimento
Shimon Peres, ex-presidente de Israel e vencedor do Nobel da Paz afirmava que “a civilização começou com a invenção do espelho”. De acordo com André de Almeida a frase, aparentemente simples, tem significado profundo. “Sintetiza a ideia de que apenas por meio da correta auto percepçãoque nós conseguimos fazer avaliações sobre como devemos evoluir. O aperfeiçoamento, portanto, começa pelo autoconhecimento”, reflete.
Fonte: Divulgação