Direto da década de 1980, esses revestimentos estão de volta com força total. Saiba quais são as vantagens e como usá-los para valorizar os ambientes

Em notícias relacionadas à arquitetura, no Instagram ou mesmo no Pinterest você já deve ter se deparado com o termo “terrazzo”. Tendência de uns anos para cá, o revestimento não tem nada de novo e você provavelmente irá identificá-lo como aquele que cobria o chão de sua casa na infância. Terrazzo é o nome estrangeiro, incorporado por muitos arquitetos brasileiros, para se referir ao granilite.

Como parte da renovação de uma pequena casa geminada em Ghent, os arquitetos belgas da Fragmenture investiram no contraste da madeira com o piso de terrazzo. (Foto: Fragmenture/Reprodução)

Feito a partir de uma mistura de cimento branco ou comum, areia e água, o granilite leva pedras de diferentes tamanhos como granito, mármore, quartzo e outros minerais – até vidro. Com cores e texturas variadas, ele pode ser encontrado em sua versão polida, ideal para os interiores, lavado ou fulgê, onde as irregularidades dos grânulos são mantidas, garantindo uma superfície áspera e antiderrapante, ideal para revestir rampas, escadas e outras áreas externas.

Projetado pelo estúdio Elissa Ossino para o chefe da marca italiana de pedra Salvatori, este apartamento conta com um piso de granilite lavado, repleto de tonalidades e texturas (Foto: Elissa Ossino/Reprodução)

Muitas vezes usados como sinônimos, o granilite e o marmorite tem uma diferença que já dá para desconfiar pelo nome. Apesar de ambos serem feitos a partir de uma mistura de cimento branco ou comum, areia e água, o granilite leva pedras de diferentes tamanhos como granito, mármore, quartzo e outros minerais, enquanto o marmorite utiliza apenas mármore em pó ou fragmentos de mármore na mistura.

1. A ousada mistura de fragmentos e cores neste terrazzo dá um toque único a essa cozinha Foto: Pinterest/Reprodução 2. Ricas texturas estão presentes em todo o apartamento, projetado pelo Estúdio Minke. O granilite (GR Pisos) que reveste as áreas molhada (Foto: Pedro Napolitano Prata/Divulgação)

Além do charme retrô, esses revestimentos também são conhecidos por sua resistência. Enquanto o mármore se mostra mais poroso e, portanto, requer maiores cuidados, as misturas com granito e quartzo em maior quantidade são extremamente duras. Como podem ser feitos a partir de cacos ou sobras de pisos, o granilite e o marmorite tendem a ser mais baratos que seus precursores, mas a mão de obra especializada para sua aplicação pode diminuir consideravelmente sua economia.

O living com piso de granilite projetado pela arquiteta Carolina Rocco é um prolongamento da área externa, vista das janelas, com cortinas da Casa Fortaleza. As poltronas da Dpot têm tecidos da Villa Nova. Mesa de centro da Tora Brasil. Luminária de piso da Lumini. Pufe dourado da Micasa. Tapete da Clatt. (Foto: Victor Affaro) (Foto: Victor Affaro/Divulgação)

Se a carinha é a mesma, a grande vantagem com relação ao piso da sua avó é o acabamento final. Na versão polida, tanto o granilite como o marmorite recebem uma generosa camada de resina impermeabilizante. Isso restringe sua manutenção a cada 10 ou 12 anos. Além de pisos, eles podem ganhar as paredes ou mesmo as bancadas de cozinhas, banheiros e lavabos.

Granilite terracota usado na bancada da cozinha de apartamento em Bruxelas, desenhado pelo Atelier Dialect (Foto: Atelier Dialect/Reprodução)

“Qualquer tipo de situação monolítica é muito bem vinda, principalmente em espaços menores. Se eu tenho o mesmo material no piso e na parede, seja cimento ou granilite, você tem a sensação de que o ambiente se expande. Banheiros todos revestidos são uma boa pedida, só é preciso cuidado para não escorregar”, destaca o designer de interiores Roberto Negrete.

Fonte: Revista Casa e Jardim