A Organização Mundial da Saúde listou mudanças de hábitos que beneficiam o bem-estar e contribuem para a perda saudável de peso
Sai o arroz e feijão, entra o lanche de fast-food. Substitui o suco de fruta ou água pelo refrigerante. A fruta rica em nutrientes é trocada pelo biscoito doce. Os salgadinhos ultraprocessados tomam o lugar das castanhas, ricas em gorduras boas.
O brasileiro anda comendo mal e os seus hábitos alimentares pouco saudáveis, agravados pela correria da rotina e estresse, estão refletindo na saúde e bem-estar.
Segundo o Ministério da Saúde, quase 1 em cada 5 brasileiros é obeso e mais da metade da população das capitais estão com excesso de peso. A obesidade é considerada uma doença crônica pela OMS e está diretamente relacionada a outras doenças, como diabetes e doenças cardiovasculares.
Com a crescente preocupação à mesa, a OMS (Organização Mundial da Saúde) listou alguns hábitos alimentares simples e fáceis que beneficiam a saúde e, consequentemente, contribuem para a perda saudável de peso. Veja abaixo:
Coma mais vegetais e frutas
A OMS recomenda o consumo diário de uma variedade de vegetais e legumes e de frutas. Não só nas principais refeições (almoço e jantar) como também nos lanches da manhã e tarde, substituindo comida processada (ricas em sódio, gorduras e até açúcar escondido) por legumes crus, como cenouras cortadas e frutas da estação.
Outra dica da organização é preferir consumir verduras e legumes crus ou pouco cozidos, para que eles não percam seus nutrientes. Outra sugestão é evitar frutas secas (como uvas passas, banana desidratada e damasco), que concentram mais açúcar.
Por que você deve seguir esta dica?
Vegetais e frutas são importantes fontes de vitaminas, minerais, ricas em fibras (que ajudam no funcionamento do intestino), antioxidantes e fontes de proteína vegetal. “Pessoas que seguem uma dieta rica em vegetais e frutas têm uma significativa queda no risco de obesidade, doença cardíaca, derrames, diabetes e de desenvolver diferentes tipos de cânceres”, ressaltou a OMS.
Coma porções diárias de gordura (boa) e azeite, com moderação
Se você come carne, prefira carnes brancas e peixes, que têm baixo teor de gorduras. Reduza o consumo de carne vermelha e evite carne processada (como linguiça, salames e salsicha), pois estes alimentos são ricos em gordura e sódio.
Por outro lado, coma mais alimentos com gorduras “boas”, como castanhas, abacate e azeite.
Por quê?
Gorduras e óleos vegetais e animais concentram energia, mas quando você come muito, principalmente as gorduras “ruins” podem ser perigosas para a saúde.
Pessoas que comem muita gordura saturada e gordura trans têm um risco maior de desenvolver doenças cardiovasculares.
Coma uma maior variedade de alimentos
Comer uma grande variedade de comidas, como cereais, grãos, carnes, legumes, vegetais, frutas, ovo e laticínios, é benéfico para a saúde, se comidos em porções razoáveis.
Cada vez mais nutricionistas, inclusive, aconselham diminuir a pressão sobre a comida e permitir mais alimentos. A questão é deixar de contar calorias e contar mais nutrição e moderação.
Por quê?
Comer uma variedade alimentos in natura (não processados) e alimentos frescos todos os dias ajuda a obter as necessidades diárias de nutrientes. Além disso, uma vez bem nutrido, você vai se sentir bem disposto e será mais fácil evitar tentações não tão saudáveis.
Coma menos sal e açúcar
Prefira comer em casa, pois você pode controlar a quantidade de sal e açúcar nos alimentos. Também evite comer e beber processados, que têm muito sódio e açúcar escondidos.
O refrigerante, por exemplo, é rico em açúcar e tem calorias “vazias”, ou seja, com nenhum nutriente.
Por quê?
Pessoas com dietas ricas em sódio, gordura e açúcar têm risco de aumentar a pressão e de desenvolver doenças crônicas, como diabetes.
Amamente bebês
Por fim, a OMS reitera a importância da amamentação para a saúde de bebês e crianças. Até os 6 meses de idade, a recomendação é uma dieta exclusiva de leite materno e, depois dessa idade, a introdução de alimentos naturais, como frutas e legumes. Não adicione sal e açúcar nas comidas das crianças.
Por quê?
O leite materno oferece todos os nutrientes necessários para o desenvolvimento saudável do bebê até os 6 meses de vida. Crianças que seguem essa alimentação se mostram mais resistentes às doenças infantis como diarréia e infecções, além de terem menores chances de terem diabetes e sobrepeso.
Fonte: Huff Post Brasil