Tricologista de Brasília dá dicas sobre higiene capilar e como conquistar os fios perfeitos
Se tem algo que a mulherada (e homens também, por que não?) gosta e se preocupa em cuidar é o cabelo. Classificado como a ‘moldura do rosto’, pode ser encaracolado, liso, curto ou comprido. Mas, para a maioria delas (e deles), o cabelo tem que estar ‘perfeito’, seja para ir a uma festa, para o dia a dia no trabalho, e até para ficar em casa. Porém, o que seria o cabelo ‘perfeito’? O dermatologista e tricologista Luciano Morgado responde:
“O cabelo perfeito é aquele com os fios saudáveis, ou seja, que conseguem preservar as moléculas de água e proteína seladoras em seu interior. A aparência é maleável, com fios hidratados e brilhoso”, explica o profissional da clínica Monte Parnaso, na Asa Sul de Brasília.
E dá pra atingir a ‘perfeição’? A resposta é sim. O tricologista explica que o primeiro – e importante – passo é a higiene dos fios. Mas, encontrar produtos adequados ao tipo de cabelo, que não causem alergias ou ressecamentos, por exemplo, não é tarefa tão simples.
“Alguns produtos comuns para a higiene capilar são os xampus, responsáveis por limpar os fios, retirar a oleosidade, o suor, a descamação das células do couro cabeludo, os resíduos de poluição e de outros produtos. Eles proporcionam brilho, maciez, retiram a eletricidade estática dos fios e ainda facilitam o pentear. Os principais componentes do xampu são detergentes ou tensoativos, estabilizadores de espuma, condicionadores, conservantes, agentes corretivos, fragrâncias e corantes. Ativos complementares podem ser adicionados aos produtos para direcionar sua ação, como para controlar a oleosidade ou para hidratar”, diz o tricologista.
Dúvidas como quantas vezes por semana se deve lavar os cabelos são bem comuns. E você sabia que o lugar onde mora influencia a higiene capilar?
“Não há regra, depende do tipo de cabelo da pessoa e da região onde ela mora. Fatores individuais e ambientais influenciam na oleosidade e no ressecamento dos fios. Em locais mais quentes e úmidos é bom lavar os cabelos todos os dias, especialmente pessoas que tem a raiz oleosa e fios finos. Já quem tem mais idade, mulheres na pós-menopausa, negras e com cabelos secos, devem lavar com menos frequência porque o sebo não se distribui uniformemente da raiz às pontas em função da baixa produção, ou pelo formato encaracolado do fio”, explica Luciano Morgado.
O especialista alerta que pessoas com couro cabeludo oleoso não devem passar longos períodos sem lavar o cabelo, porque a tendência é que os fios fiquem mais oleosos e com aspecto ensebado.
“Isso pode causar o surgimento da dermatite seborreica em quem já tenha tendência. E se a pessoa com cabelos secos lavá-los mais do que deveria, a tendência é que os fios ressequem mais e apresentem o chamado efeito frizz, arrepiado. Também é importante evitar o excesso de detergente já presente nos xampus”, afirma o tricologista, que complementa:
“Muitos laboratórios fabricantes de xampus recomendam duas aplicações do produto durante o banho. A primeira seria para tirar a maior parte dos resíduos superficiais, e a segunda para lavar o couro cabeludo. A maioria das pessoas faz só uma aplicação. Mas, o nível de detergência de grande parte dos xampus é muito alto, então, o ideal para cabelos mais secos, ou quimicamente tratados, é uma lavagem”, garante.
Não são os fios, e sim o couro cabeludo a parte mais importante na hora da higienização capilar. O xampu deve ser aplicado nessa região para, em seguida, ser feita a massagem. O ideal é ficar com o produto entre dois e três minutos. Na lavagem, ele vai descendo até a ponta do cabelo, removendo os resíduos que ficam no comprimento.
Os condicionadores são itens indispensáveis na higiene capilar, mas seu uso exige moderação:
“Esses produtos servem para reduzir o frizz, melhorar o pentear e proporcionar maciez. Os principais componentes são detergentes catiônicos, formadores de filme, derivados de proteínas e silicones. Aplicar em excesso ou não retirar o suficiente nas lavagens prejudica o resultado que o condicionador deveria dar”, afirma Luciano Morgado.
O especialista explica que substâncias modeladoras, géis e fixadores sem álcool devem ser de boa qualidade para não prejudicar os fios ou causar queda de cabelo. Usá-los diariamente não é indicado.
“A cutícula dos fios é a parte que mais sofre agressões. As queixas mais comuns são pontas-duplas, cabelos porosos, difíceis de pentear, quebradiços e eriçados. Nos cabelos danificados, as cutículas permanecem abertas, isso faz com que o fio perca umidade, brilho e resistência. Se notar esses problemas é hora de trocar os produtos ou consultar um profissional que indique os cuidados mais adequados para recuperar a saúde do cabelo”, conclui o tricologista.
Fonte: Divulgação