Mais de 6,5 milhões de brasileiras sofrem com os sintomas da endometriose. A estimativa é de que sejam 1 a cada 10 mulheres em idade fértil. A doença é pouco conhecida, muitas vezes negligenciada pelos profissionais e demora a ser diagnosticada.
Segundo a ginecologista Jordanna Diniz, do Centro de Medicina Fetal – Cemefe, os sintomas são: dores muitas vezes incapacitantes, como cólicas fortes e progressivas (que pioram ao longo do tempo), dores durante a relação sexual, desconforto ao evacuar e urinar e até mesmo dores na região lombar e nas coxas. “Se o tratamento não for feito de forma adequada pode levar a obstrução intestinal, se houver comprometimento extenso do intestino, e a perda das funções renais, caso a bexiga e os ureteres sejam prejudicados. A endometriose pode levar inclusive à infertilidade”, explica a médica. “Muitas mulheres que têm a doença encontram dificuldade para engravidar devido a alterações na anatomia da pelve e sistema reprodutor causada por processos aderencias e inflamatórios crônicos causados pela doença” alerta.
A ginecologista ressalta que para diagnosticar a doença é preciso fazer um exame mais detalhado, como ressonância magnética de pelve ou ecografia transvaginal com preparo intestinal.
A médica explica que existem duas formas de tratamento. “A paciente pode fazer tratamento clínico ou mesmo cirurgia para retirar os focos da doença e assim melhorar sua qualidade de vida e as chances de engravidar. O importante é o diagnóstico precoce, com foco nas adolescentes, para que seja possível rastrear a doença nos estágios iniciais e evitar seu avanço, prejuízo a órgãos vitais e instalação da infertilidade”, finaliza a ginecologista do Centro de Medicina Fetal- Cemefe.
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