João Vitor Oliveira foi o único brasileiro a participar da competição. A prova possui largada individual e é determinante para garantir uma vaga no UCI Granfondo World Championship
A cidade mexicana San Luis Potosí recebeu, no último sábado (8), 200 ciclistas para participar da prova de Contra Relógio. Entre os atletas inscritos, o brasiliense João Vitor Oliveira ganhou destaque na competição e conseguiu conquistar a primeira colocação na prova de ciclismo. A corrida é considerada a mais dura no esporte, visto que sua intenção é testar o limite dos melhores atletas.
A competição, iniciada na sexta-feira (7), envolveu três dias de provas exclusivas para ciclistas e pertence ao calendário da União Ciclística Internacional (UCI). A UCI Granfondo World Series é uma cadeia de dez provas realizadas ao redor do mundo para qualificar os melhores ciclistas para a maior competição voltada ao esporte: o UCI Granfondo World Championship, que ocorrerá em setembro, na Polônia.
João Vitor Oliveira, o único brasileiro a competir em San Luis Potosí, garantiu sua vaga para a futura competição visto que o campeonato, em setembro, permite a participação apenas dos melhores atletas da série classificatória do Granfondo World Series.
“No Contra Relógio, assistimos o brasileiro João Vitor Oliveira renovar sua vitória do ano passado sobre o francês Rapha Menu Sagramoso, em segundo, e o mexicano Robinson Miranda, terceiro colocado, com folga de 17 segundos e 24 segundos, respectivamente”, conta Hector Lopez Merida, comissário da União Ciclística Internacional e organizador da prova.
Para conseguir êxito no percurso, o brasiliense precisou de um treinamento intenso e focado na competição. Os treinos, realizados nos Estados Unidos, foram feitos seis vezes por semana na própria bike do atleta. Além disso, João contou com exercícios regulares na academia.
“Meu ciclo anual de treino gira em torno da Championship. O resultado de San Luis Potosí foi incrível, mas espero conseguir melhorar ainda mais meu condicionamento para estar mais perto do próximo título”, acrescenta João Vitor. A disputa na Polônia terá percursos mais duros e técnicos, exigindo o máximo dos atletas.
Arco-íris – Os ganhadores da UCI World Series ganham o direito de usar a camisa arco-íris, que representa o título mundial da modalidade, uma forma de reconhecimento dentro do meio.
Principais títulos – Além da recente conquista, João Vitor conta com mais vitórias para levar na bagagem do esporte. Em 2017, Oliveira foi classificado como vice-campeão mundial de Granfondo World Series. No ano seguinte, o atleta conquistou o primeiro lugar na mesma competição.
Agora, o brasiliense carrega o seu segundo ano consecutivo como campeão mundial de Contra Relógio Granfondo World Series.
“A sensação de ganhar é incomparável, traz sentido para todas as horas e dias treinando. É, de fato, um motivo de muita felicidade e o sentimento de dever cumprido”, comemora.
Quando tudo começou? – Caçula de uma família de três filhos, João Vitor diz ter sido influenciado pelo irmão Luis Felipe, de 30 anos, que é administrador e há muitos anos pedala nos finais de semana, fazendo trilhas e longos pedais pela região circunvizinha a Brasília. “Comecei a pedalar em 2006 e, dois anos depois, já estava competindo em provas locais. Nesta época, entrei para a equipe de base da Caloi, no interior de SP, e comecei a competir no Brasil inteiro”, conta o atleta, lembrando que, no início, a prática se dava pelo simples prazer e pela sensação de liberdade trazida pela bike.
Entre os principais títulos de João Vitor, destacam-se:
o Prêmio Brasília, de melhor atleta da categoria por dois anos seguidos (2016 e 2017); atual campeão mundial de Contra Relógio UCI Granfondo World Series (México, 2018); vice-campeão UCI Granfondo World Series (Dubai 2018); campeão mundial UCI Granfondo World Series em 2017 (México); e
melhor atleta latino americano na Final do Mundial de Granfondo UCI (UCI Granfondo World Championships) na França, no ano passado.
Fonte: Divulgação