Consultora do sono explica que, mudar hábitos é mais eficaz do que ficar mais tempo na cama no sábado e domingo
Qual é a prioridade que você dá para o seu sono? Em meio a uma rotina cada vez mais corrida e cheia de tarefas as pessoas podem trocar as horas de repouso para trabalhar um pouco mais, estudar uma nova matéria e para o lazer, afinal, que mal pode fazer assistir só mais um episódio da sua série favorita? Dados levantados pela Associação Brasileira de Neurologia (ABN), com o apoio do Conselho Regional de Medicina de São Paulo, da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (ABRAMET) e da Agência de Transporte do Estado de São Paulo (ARTESP), revelaram que cerca de 60% das pessoas dormem menos do que o recomendado no Brasil.
Segundo a Consultora do Sono da Duoflex , Renata Federighi, o ideal é que um jovem adulto durma de 7 a 8 horas por dia. “O sono faz parte do ritmo biológico de cada pessoa. Um repouso insuficiente atrapalha a reparação adequada do organismo e prejudica a curto e a longo prazo o bem-estar das pessoas”, explica.
De acordo com a especialista a privação de sono afeta de forma negativa a saúde do corpo e da mente. “A curto prazo, ela pode causar problemas cognitivos, mau humor, cansaço e acentua a produção de cortisol, um dos hormônios relacionados ao estresse”, explica.
Dormir pouco também aumenta o risco de doenças, porque o sistema imunológico precisa de descanso para responder às ameaças com eficiência. Obesidade, diabetes e hipertensão também podem ser desencadeadas pela falta de sono em longo prazo.
Dormir mais no final de semana compensa o sono perdido?
Uma pesquisa encomendada pela Royal Philips revelou que 52% dos brasileiros dizem recuperar o sono perdido durante o final de semana. Porém essa não é uma solução adequada para esse problema das horas perdidas. “É durante o repouso que o organismo realiza o processo de regeneração celular, equilibra a produção de alguns hormônios e restaura as energias essenciais para o funcionamento do corpo e da mente para o dia”, destaca Renata.
O estudo realizado pela Universidade do Colorado, nos Estados Unidos, reforça esse ponto. Pesquisadores sugerem que usar o final de semana não é uma estratégia eficaz para prevenir a desregulação metabólica e mudanças no relógio biológico, causadas pelas poucas horas de sono. Além de não impedir o ganho de peso e reduzir a sensibilidade à insulina.
A melhor solução para o problema
A higiene do sono é um excelente caminho para melhorar a qualidade do repouso, sem a necessidade de dormir mais nos finais de semana. “O termo consiste na organização ou mudança de alguns comportamentos para melhorar o descanso. Cuidados como escolher um ambiente adequado para o deitar, o mantendo silencioso, arejado e escuro, evitar o uso de celulares e tablets na cama, não fazer refeições pesadas e, até mesmo, definir um horário regular para ir dormir, são exemplos que podem ser seguidos”, explica a consultora.
“É indispensável também utilizar travesseiros e colchões adequados para manter a disciplina postural. O travesseiro deve preencher o espaço entre a cabeça e o colchão, em um ângulo de 90º no pescoço, mantendo a coluna cervical e lombar sempre alinhadas. O recomendado é dormir de lado com as pernas semiflexionadas com um travesseiro baixinho entre elas para evitar a rotação da coluna e os atritos entre os joelhos e os tornozelos”, orienta a consultora da Duoflex.
Fonte: Divulgação