A cinomose é uma doença grave e pode afetar cães de todas as idades, sendo mais grave em filhotes, entre três e seis meses, e idosos. É altamente contagiosa e o agravamento dos sinais pode causar má formações em filhotes, sintomas neurológicos e levar até ao óbito, se não tratado.

A veterinária Camila Maximiano, da Clínica Pompeu. explica que essa enfermidade é causada por um vírus que após ser inalado se replica em diversos locais, sendo a gravidade da doença e os órgãos afetados dependentes da cepa viral e da imunidade do animal. A contaminação acontece quando há contato com secreções de outros animais doentes, como secreção nasal e ocular, urina, fezes e saliva. O vírus só fica viável no ambiente por até 4 horas, por isso é importante o isolamento de animais doentes e a limpeza dos locais contaminados com produtos desinfetantes potentes.

A maioria dos cães que desenvolvem a doença não são vacinados, não receberam colostro de uma cadela vacinada, foram submetidos a protocolos vacinais inadequados ou são imunossuprimidos e todos têm histórico de contato com animais doentes. “Por isso, a vacinação é de extrema importância na prevenção da doença. Todos os filhotes devem ser vacinados, a partir da 6 semana até a 16 semana, com doses de intervalos entre 3 e 4 semanas e o reforço deve ser realizado anualmente”, alerta Camila.

Quando infectado o animal pode apresentar sinais clínicos a partir de 7 dias após contato. As principais queixas dos tutores são depressão, secreção nasal ou/e ocular, tosse, vômitos, diarréia e sinais neurológicos, como tremores, dificuldade de andar e convulsões.

As sequelas podem ocorrer quando a doença avança e há infecção do sistema nervoso. Mesmo após eliminação do vírus o animal ficará com alguns sinais, o mais comum é o tremor. Acupuntura, células tronco e fisioterapia são algumas terapias que auxiliam na melhora das seqüelas e, conseqüentemente, a qualidade de vida do pet.

Exames sanguíneos podem apresentar alterações e exames que detectam o antígeno viral são os mais indicados para o diagnóstico definitivo, podendo ser realizado com sangue ou secreção ocular ou nasal.

Segundo Camila, o  tratamento é de suporte, adequado de acordo com os sinais clínicos, pois não existe tratamento específico para o vírus da cinomose. Dependendo da gravidade dos sinais, pode ser indicado internação e cuidados mais intensivos. “É importante não administrar medicações por conta própria ou preparações caseiras, que podem agravar o caso ou mascarar sinais clínicos importantes”, adverte a veterinária.

“Se seu animal apresentar qualquer alteração clínica, procure um médico veterinário para rápido diagnóstico e início do tratamento. Diagnóstico precoce é mais chance de cura para o seu pet”, conclui Camila da Clínica Pompeu.

Fonte: Divulgação