A infertilidade é caracterizada como a falha em obter uma gestação após um ano de relações sexuais regulares sem o uso de métodos contraceptivos.
Quando isso ocorre, faz-se necessário realizar exames a fim de determinar se suas causas estão ligadas ao homem, à mulher ou a ambos.
Em determinados casos, não é possível identificar o motivo da infertilidade, quando é denominada infertilidade sem causa aparente (ISCA).
É comum que casais acreditem que ter um filho seja fácil e, por isso, ficam preocupados quando a mulher não engravida após os primeiros meses de tentativas.
Pode levar algum tempo até que uma gestação ocorra, mesmo que o casal não tenha nenhum motivo aparente de infertilidade.
Quando isso ocorre, é importante procurar um especialista. Neste texto, será abordado especificamente como é feita a investigação da fertilidade feminina em casais que relatam dificuldades em engravidar. Acompanhe!
O QUE É A INVESTIGAÇÃO DA INFERTILIDADE FEMININA?
Após um ano de tentativas malsucedidas de engravidar, o casal pode procurar um especialista para investigar o que pode estar causando o problema.
Tanto o homem como a mulher são avaliados, mas neste texto será abordada especificamente a investigação da infertilidade feminina.
Diversos fatores podem causar a infertilidade feminina, que é responsável por cerca de 30% dos casos de infertilidade. Investigar esse quadro significa realizar exames a fim de determinar qual podem ser suas causas.
Avaliar os motivos pelos quais o casal não consegue a gravidez é importante para os possíveis diagnósticos.
EXAMES
Diversos exames podem ser realizados a fim de determinar as possíveis causas da infertilidade feminina.
O exame de dosagem hormonal, por exemplo, tem como função verificar os níveis de hormônios relacionados ao ciclo menstrual e à ovulação, uma vez que o ciclo menstrual regular ocorre quando há equilíbrio hormonal.
A ausência ou o excesso de hormônios pode levar à infertilidade.
Outro exame realizado é a ultrassonografia pélvica, importante para avaliar a condição dos ovários, detectar sinais de ovulação, identificar possíveis alterações no útero ou nas tubas uterinas e lesões que podem causar, por exemplo, a endometriose.
A ultrassonografia pélvica também pode ser realizada para a contagem de folículos antrais, que avalia a reserva ovariana da mulher.
Se a reserva ovariana for baixa, a mulher pode ter dificuldades de engravidar.
Durante a fase lútea do ciclo menstrual, que ocorre após a ovulação e na qual o corpo-lúteo, nome dado ao folículo após a liberação do óvulo, libera o hormônio chamado progesterona, pode-se realizar um exame de sangue que tem como objetivo calcular a dosagem de tal hormônio no corpo, a fim de determinar o equilíbrio hormonal.
A histerossalpingografia é o exame realizado com contraste para avaliar as condições uterinas e tubárias, principalmente a permeabilidade das tubas uterinas.
O contraste preenche as cavidades e mostra se há passagem do útero para as tubas uterinas.
Se houver obstrução, o espermatozoide não consegue chegar ao óvulo, impedindo a gravidez.
DIAGNÓSTICO
Após a realização desses exames e da análise do histórico clínico da paciente, o médico poderá chegar a uma conclusão acerca das causas da infertilidade feminina.
A análise do histórico inclui, também, verificar a idade da paciente, uma vez que mulheres acima dos 35 anos podem apresentar maior dificuldade em engravidar.
Também será verificado o ciclo menstrual, a fim de determinar sua regularidade. Caso a infertilidade feminina seja de fato diagnosticada, o médico indica o melhor tratamento.
Dependendo da situação, é necessária a realização das técnicas de reprodução assistida, como a relação sexual programada (RSP), inseminação artificial (IA) e FIV (fertilização in vitro).
É importante também que a paciente faça todas as perguntas que julgar necessária para o médico, que pode esclarecer as dúvidas que surgirem.
TRATAMENTOS E TÉCNICAS DE REPRODUÇÃO ASSISTIDA
O tratamento para a infertilidade feminina dependerá da sua causa. Quando puder ser tratada por meio de medicamentos ou cirurgia, o médico indicará a melhor conduta.
Existem tratamentos hormonais, cirúrgicos ou por meio das técnicas de reprodução assistida. Dessa forma, o médico irá analisar o quadro a fim de decidir qual a melhor solução para o problema.
O principal objetivo do tratamento deverá ser, quando possível, tratar a causa da infertilidade feminina.
Desse modo, busca-se aumentar as possibilidades de uma fecundação de modo a gerar uma gravidez e, também, reduzir o tempo necessário para que a concepção ocorra.
Em casos nos quais o tratamento não seja eficiente para que isso ocorra, o médico poderá aconselhar técnicas de reprodução assistida.
A vantagem dos métodos de reprodução assistida para casais que desejam engravidar é o acompanhamento de um profissional especializado e as altas taxas de sucesso, principalmente da FIV.
É importante se informar sobre a infertilidade feminina para saber quais as formas de identificá-la e quando se torna necessário procurar um médico.