A medida é também importante porque permite o pagamento de boa parte do salário a fundo perdido. Ou seja, o estabelecimento que usar essa linha do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) não terá que reembolsar o Governo. A MP já abrange os salários de abril, a serem pagos no quinto dia útil do mês, o que trouxe alívio a bares e restaurantes. O temor é de que houvesse uma quebra generalizada de estabelecimentos, com o consequente aumento do desemprego no setor, um dos mais atingidos pela crise.
Para Solmucci, superado o enorme desafio de pagar os salários das equipes de bares e restaurantes, é hora de buscar, junto às administrações municipais, dos estados e com fornecedores do setor de alimentação fora do lar, ajuda para obter a retomada das atividades. “Buscaremos, junto aos municípios, apoio para o vale transporte, aos estados, a garantia de que teremos fornecimento de luz e água e junto a nossa cadeia de fornecedores, medidas que reabastecerão as nossas casas com insumos necessários.
Auxílio para quem mais precisa
O principal alvo do programa são os empregados formais que recebem até três salários mínimo. Para esses trabalhadores, estarão autorizadas reduções de jornada por até três meses. Bastará um acordo entre funcionário e patrão para efetivar o corte. Nesse caso, o governo pagará ao trabalhador uma proporção do valor do seguro-desemprego equivalente ao percentual do corte de salário.