Campanha alerta para queda nas doações durante o inverno

Um dos atos mais nobres ligados à saúde é a doação de sangue. No entanto, no período frio do ano, iniciado em junho, os bancos de sangue apresentam queda de até 30% nas doações. A baixa nas doações pode definir a vida de diversos pacientes que precisam de transfusão de sangue.

Segundo o cirurgião geral do Hospital Anchieta, Dr. Pedro Pinheiro de Lemos Neto, “a falta de transfusão de sangue pode gerar consequências ruins para estes pacientes, como mal funcionamento de vários órgãos levando inclusive ao óbito”. Ele explica que “a transfusão de sangue é necessária quando as células ou elementos do sangue estão abaixo do valor normal ou quando há queda de plaquetas ou fatores de coagulação que geram hemorragias que levem o paciente a ter risco de vida”.

Para a gestora logística da Hemoclínica de Brasília, Solange Fernandes, não há como salvar vidas sem a ajuda de doadores. “Ainda até os dias de hoje, segundo a uma pesquisa realizada pela OMS, só 3% da população são doadores de sangue. Precisamos melhorar esses números para garantir a saúde das pessoas, principalmente os pacientes com doenças crônicas como: leucemia, cânceres raros, anemia falciforme entre outras”, explica.

De acordo com Solange Fernandes, os tipos sanguíneos mais comuns entre as pessoas são o O+ e A+. Porém o grupo sanguíneo que não pode faltar no estoque é O-. “Esse grupo é doador universal doa para todos os grupos e só recebe dele mesmo. Geralmente os grupos negativos são os mais difíceis de conseguir”, explica.

Quem pode doar?

Podem doar, pessoas que estejam bem de saúde, que pesem acima de 50 kg, com idades entre 16 e 69 anos. Pessoas com mais 60 anos, só podem realizar a doação, caso tenham doado ao menos uma vez antes dos 60 anos.

O candidato também não pode estar gripado ou resfriado, não pode estar fazendo uso de antiflamátorios e antibióticos ou, medicamento para alergia ou doenças crônicas e tratamento dentário. Ficam impedidos também, candidatos que fizeram cirurgias com anestesia local nos três meses anteriores à doação e anestesia geral, nos últimos 6 meses; piercing e tatuagem nos últimos 12 meses; e endoscopia e colonoscopia nos últimos 6 meses.

Orientações gerais 

O doador a doação deve está alimentado no momento da doação. No entanto, é orientado o não consumo de leite e derivados nas 3 horas que antecedem a doação e não deve ingerir bebidas alcoólicas nas 12 horas que antecedem a doação. O Doador também deve dormir pelo menos 6 horas seguidas na noite anterior.

Processo de doação

O processo de doação é em etapas. A primeira parte envolve a identificação para o cadastro. Após o cadastro, é servido um lanche e em seguida, o candidato passa pela pré-triagem, onde é feita a conferência de dados e a realização de procedimentos como verificação do peso, altura, hematócrito, temperatura corporal e pressão.

Uma triagem clínica também é feita por um enfermeiro com perguntas baseadas na legislação e orientado sobre a janela Imunológica, período de incubação de doenças sexualmente transmissíveis. Caso aprovado, o candidato segue para a coleta.  “Após orientações, ele faz a doação de sangue que dura em torno de 6 a 10 minutos. Todo o processo dura de 40 minutos à uma hora. É um processo rápido”, explica Rosângela.

Junho Vermelho

Criada em 2014, a campanha alerta sobre a importância da doação de sangue. É uma campanha fundamental para os bancos de sangue que durante os meses de frio costumam registar uma queda de 30% dos seus estoques.

Fonte: Divulgação