Material é remanescente da campanha de imunização, que acabou em junho. Qualquer pessoa pode procurar postos de saúde para receber vacina.
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) informou, na noite de quarta-feira (22), que possui 30 mil doses remanescentes da vacina contra a gripe. O material foi enviado pelo Ministério da Saúde, mas não foi utilizado durante a campanha de imunização, que acabou no mês passado.
Segundo a pasta, a orientação é oferecer as vacinas remanescentes ao público em geral, e não apenas a grupos específicos. Por isso, interessados de qualquer idade podem procurar postos de saúde para receber a dose. Veja os endereços das salas de vacinação no link abaixo:
A SES-DF afirma que, como o material é remanescente da campanha, não haverá reposição pelo Ministério da Saúde. Por isso, a imunização vai ocorrer enquanto durar o estoque.
A vacina contra a gripe não protege da Covid-19. No entanto, facilita o diagnóstico da doença, já que restringe a possibilidade de outras infecções.
Meta não alcançada
Mulher recebe dose de vacina contra a gripe no Distrito Federal — Foto: André Borges/Agência Brasília
A secretaria também alerta que crianças, gestantes e puérperas precisam receber a dose. Neste ano, o DF não alcançou a meta de imunização desses públicos, que fazem parte do grupo de risco porque têm mais probabilidade de sofrer complicações da doença.
Dados preliminares da SES-DF mostram que só 47,5% das crianças de 2 anos a menores de 5 anos foram vacinadas. Em seguida, aparecem crianças de 5 anos (60,3%) e crianças de 6 meses a menores de 2 anos (72,2%).
Já gestantes tiveram 57,2% de cobertura da vacina, contra 66,7% de puérperas e 51,4% de adultos entre 55 e 59 anos.
A gerente de imunização da SES-DF, Renata Brandão, alerta que a influenza tem tendência a se disseminar facilmente e pode levar ao agravamento e ao óbito, especialmente nos seguintes grupos:
- Crianças menores de 5 anos de idade;
- Gestantes;
- Puérperas;
- Adultos com 60 anos ou mais;
- Portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais.
“Hoje, estamos vivendo uma pandemia e as pessoas estão com muito medo e não estão conseguindo pensar na importância da vacinação. Elas saem para parques, shoppings e não vão às unidades básicas com medo da Covid-19. Não podemos negligenciar a vacinação, afinal as doenças existem e muitas delas estão em atividade no Brasil, como é o caso do sarampo, incluindo o Distrito Federal”, diz Renata.
Fonte: G1